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Reajuste de tarifas chinesas não é remédio para inflação, diz Yellen

Ela afirmou que mais informações sobre os planos tarifários estarão disponíveis nas próximas semanas

Reajuste de tarifas chinesas não é remédio para inflação, diz Yellen
Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, em audiência da Câmara sobre o orçamento do presidente Joe Biden para 2023 no Capitólio, em Washington 08/06/2022 REUTERS/Jonathan Ernst

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse nesta quarta-feira que o governo Biden está procurando “reconfigurar” tarifas sobre importações chinesas, mas alertou que tais cortes não seriam uma “panaceia” para aliviar a alta inflação.

Yellen disse a uma audiência do Comitê de Meios e Formas da Câmara dos Deputados dos EUA que o governo Biden estava examinando mudanças nas tarifas da “Seção 301” sobre produtos chineses e no processo de exclusões específicas de bens dessas taxas.

Ela afirmou que mais informações sobre os planos tarifários estarão disponíveis nas próximas semanas, acrescentando que as mudanças estão “sob consideração ativa”.

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As tarifas da era Trump de até 25% cobrem centenas de bilhões de dólares em importações chinesas, incluindo muitos bens de consumo, de bicicletas a dispositivos bluetooth e vestuário.

“Acredito que algumas das tarifas… realmente acabaram sendo pagas pelos norte-americanos, não pelos chineses, prejudicando consumidores e empresas norte-americanas”, disse Yellen. “E estamos analisando isso e procurando ser capazes de resolver –reconfigurar essas tarifas de uma maneira que seria mais estratégica.”

Seus comentários indicam que um debate interno no governo Biden sobre a disposição das tarifas ainda está ativo.

Yellen está em desacordo com a representante comercial dos EUA, Katherine Tai, segundo a qual o futuro das alíquotas deve ser considerado como parte de uma nova estratégia para pressionar Pequim a restringir suas práticas comerciais e econômicas fora do que considera como de mercado.

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Tai disse na segunda-feira que conter a inflação é uma questão mais complicada de se conseguir via apenas corte de tarifas.

Yellen disse que, embora alguns cortes tarifários possam ser justificados e possam ajudar a reduzir alguns preços ao consumidor, isso teria um impacto limitado nas altas taxas gerais de inflação de cerca de 8% ao ano, o que ela repetiu ser “inaceitável”.

“Quero deixar claro que honestamente não acho que a política tarifária seja uma panaceia em relação à inflação”, disse Yellen em resposta a uma pergunta sobre tarifas. “Os bens representam apenas um terço do consumo e não está claro exatamente qual seria a incidência e o repasse” dos alívios tarifários aos consumidores.

Uma das questionadoras sobre o tema tarifas, a deputada Stephanie Murphy, democrata da Flórida, apresentou nesta quarta-feira uma legislação que direcionaria o Tesouro a conduzir um estudo sobre os efeitos inflacionários das tarifas, incluindo as tarifas sobre produtos chineses e sobre aço, alumínio, energia solar. painéis, máquinas de lavar e outros bens.

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