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- O mercado seguiu a pressionar o câmbio diante de temores fiscais, o que explicou a tomada de fôlego da moeda na véspera, quando o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que não se pode vincular um novo auxílio emergencial a PECs que poderiam compensar aumento de gastos
(Reuters) – O dólar deixou as máximas de mais cedo, mas ainda fechou em alta nesta terça-feira, com o mercado mostrando receios de mais despesas públicas sem contrapartidas fiscais, o que levou o real mais uma vez ao pior desempenho no mundo e o Banco Central a intervir com venda de 1 bilhão de dólares no mercado de derivativos.
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O real não apenas liderou as perdas nos mercados de câmbio como foi apenas uma das três moedas dentre 33 pares do dólar a recuar. Peso colombiano (-0,15%) e peso argentino (-0,11%) também caíam no dia em que o índice do dólar recuava 0,55%.
O mercado seguiu a pressionar o câmbio diante de temores fiscais, o que explicou a tomada de fôlego da moeda na véspera, quando o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que não se pode vincular um novo auxílio emergencial a PECs que poderiam compensar aumento de gastos.
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Agentes financeiros têm refeito cálculos com a possibilidade de volta do auxílio, mas nos novos cenários consideram a aprovação de medidas que compensem o impacto fiscal. Entre as mais citadas está a PEC Emergencial, que estabelece gatilhos para conter despesas públicas.
Falando sobre a política de reajuste de preços da Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro disse na véspera que, conforme conversas com o presidente da Petrobras, o ideal seria o dólar baixar.
“Avalio que a depreciação cambial recente tinha fundamento, pois decorreu principalmente da pior percepção fiscal, amplificada pelo juro real muito fora do lugar. Assim, vender dólares nesse cenário contém um pouco a piora da moeda, mas vai ser ineficaz se o quadro fiscal piorar”, disse Sergio Goldenstein, consultor independente e estrategista na Omninvest Independent Insights e ex-chefe do Departamento de Operações de Mercado Aberto do Banco Central.
O dólar spot fechou esta terça-feira com ganho de 0,19%, a 5,3827 reais. Na máxima, a moeda foi a 5,4483 reais (+1,41%), antes de, na mínima, descer a 5,3546 reais (-0,33%).
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