

A pressão do governo para que a Petrobras (PETR4) reduza o preço dos combustíveis, verbalizada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem efeito negativo sobre as ações da estatal, avaliou a Ativa Investimentos. Se confirmada uma nova redução de preços, ressaltou a corretora, seria a terceira em menos de 120 dias, o que contraria a política da companhia.
“Teríamos o terceiro movimento em menos de 120 dias e, assim, veríamos a política de preços da companhia, formulada, inclusive, para evitar repassar a volatilidade dos preços do barril para a ponta, ineficaz neste sentido”, explicou a corretora em nota.
A Ativa destacou ainda que, em termos de governança, a decisão sobre a política de preços da Petrobras cabe à diretoria executiva da companhia após apuração técnica e não diretamente a membros do governo. Além disso, diante da imposição de tarifas por parte dos Estados Unidos, e a ocorrência de contra-ataques, ainda é muito difícil diferenciar movimentos conjunturais de estruturais, avaliou.
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As ações da Petrobras caíam mais de 2% nesta terça-feira (8), em linha com a queda do preço do petróleo no mercado internacional. As preferenciais caíam 2,05%, por volta das 16h, e as ordinárias, 2,3%. No mesmo horário, o petróleo tipo Brent era cotado a US$ 62,13 o barril, queda de 2,2%.
A pressão para a redução de preços dos combustíveis no mercado interno leva em conta a situação atual do mercado, com a gasolina e o diesel nas refinarias brasileiras registrando preços acima do praticado no Golfo do México, na ordem de 5%, o que poderia decorrer em uma queda de R$ 0,12 por litro no caso da gasolina e R$ 0,13 no litro do diesel nas refinarias da estatal, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).