Um potencial aumento no custo de risco no Brasil pode moderar o apetite do Nubank (ROXO34) no País, afirma o Citi. De acordo com a casa, o histórico mostra que a aceleração no crédito é seguida de pressões na qualidade dos ativos, o que tende a reduzir o impacto de esforços para ampliar a eficiência da operação.
“Acreditamos que qualquer potencial melhoria no retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) provavelmente virá de uma maior alavancagem operacional”, dizem os analistas liderados por Gustavo Schroden, em relatório enviado a clientes.
De acordo com eles, o Nubank tende a crescer aumentando limites de crédito no Brasil, confiando em seu modelo de risco mesmo em um cenário mais desafiador para a economia. No México e na Colômbia, o crédito ainda é menor, mas deve crescer mais rápido nos próximos trimestres.
Por outro lado, como ainda tem operação mais significativa, o Brasil é o que move os ponteiros das provisões da fintech. “Historicamente, o Nubank tem enfrentado desafios em equilibrar crescimento e qualidade dos ativos”, afirma o Citi, que destaca que em cartões de crédito, por exemplo, o crescimento leva a receita a subir, mas pressiona a perda esperada, que determina as provisões.
Em uma análise prospectiva, os analistas afirmam que o Nubank pode observar uma expansão limitada na margem ajustada ao risco, com a fintech potencialmente desacelerando o crescimento para manter um perfil de risco estável.
O Citi reitera a recomendação de venda das ações do Nubank, com preço-alvo de US$ 9, o que implica em um potencial de 25,9% de queda sobre o fechamento de sexta-feira (20).