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Sabesp (SBSP3): como a privatização impacta a receita de SP e os dividendos?

Ao diminuir a participação na empresa, o governo de SP também reduzirá seus direitos à distribuição de dividendos

Sabesp (SBSP3): como a privatização impacta a receita de SP e os dividendos?
Privatização da Sabesp (SBSP3) avança. (Foto: AdobeStock)

O avanço na privatização da Sabesp (SBSP3) se reflete em um aumento de receita para o Estado de São Paulo em meio a pequena redução nos dividendos futuros, segundo a Moody’s. A agência de riscos explica que a Sabesp distribui 25% de seu lucro líquido em dividendos. Historicamente, a empresa também pagou consistentemente dividendos extraordinários. Ao reduzir sua participação acionária na Sabesp, o Governo São Paulo também reduzirá seus direitos à distribuição de dividendos.

A Moody´s calcula que de maneira pró-forma à futura estrutura acionária, o governo teria arrecadado cerca de R$ 140 milhões em dividendos anualmente entre 2017-2023, em vez dos R$ 400 milhões que realmente arrecadou, uma redução de R$ 260 milhões.

No entanto, o Estado tem participação acionária em outras 14 empresas. Além disso, a Sabesp representou historicamente menos de 5% da arrecadação de dividendos de São Paulo. “Portanto, a perda de dividendos terá apenas um efeito marginal”, destaca o relatório.

Receita

Enquanto isso, os recursos esperados de R$ 16 bilhões da venda aumentarão a receita de capital de São Paulo em 2024. Com isso, levarão o Estado a reportar um superávit de financiamento de caixa de R$ 2 bilhões, projeta a Moody’s.

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O governo espera levantar cerca de R$ 16 bilhões com a privatização, o que apoiará o aperto do superávit fiscal do ano sem afetar significativamente a receita futura: um fator positivo de crédito incorporado às projeções da Moody’s.

O governo visa fortalecer a governança da Sabesp ao estender os serviços de esgoto para toda a população do estado até 2029 e manter as tarifas.

A Moody’s destaca que somente Equatorial (EQTL3) se ofereceu para se tornar parceira estratégica da Sabesp. Para a agência, as elevadas taxas de juros, o pessimismo do mercado e o risco de interferência política antes das eleições municipais de outubro diminuíram o apetite dos investidores pela oferta.