O Safra vê equilíbrio favorável entre risco e retorno para o setor de educação, mesmo após a recente alta nas ações do segmento. O banco não vê o novo marco regulatório para o ensino superior no Brasil como risco significativo para as empresas, mas aponta para maior consolidação nessa área.
Diante disso, o banco atualizou o preços-alvo para empresas do setor. A Yduqs (YDUQ3) teve o preço-alvo elevado para R$ 22,50 por ação, aumento de 50% em relação ao valor anterior e potencial de valorização de 30,06%. Para a Ânima (ANIM3) o ajuste foi ainda mais expressivo: preço-alvo de R$ 6,00, alta de 140%, 41,51% acima do último fechamento.
Para a Vitru (VTRU3) fez uma ajuste de 50%, alcançando novo preço-alvo de R$ 15,00 por ação, 57,56% superior ao último fechamento. Para a Cogna (COGN3), o preço-alvo subiu 52% para R$ 3,50, 18,24% acima do último fechamento. A principal escolha do banco para o setor é a Yduqs, diante o valuation consistente do papel.
Os analistas Ricardo Boiati, Thiago Marmo e Rafael Une também destacam que o novo marco regulatório traz aumento marginal de custos, administrável para empresas maiores. O trio estima impacto no Lucros Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) de 4% a 8%, compensável com reajuste de preços de 1% a 3%.
“As empresas de educação listadas vêm mostrando melhora consistente no fluxo de caixa livre, com foco maior em eficiência operacional. Mesmo com o novo marco, o impacto de custo é administrável e não compromete o fluxo de caixa”, avaliam os analistas.
Por fim, o Safra entende que os juros mais altos podem impactar o intake (processo de matrícula) no curto prazo, e o crescimento pode ser limitado no longo prazo por fatores demográficos. Mesmo assim, o setor de ações de educação deve seguir em consolidação, o que pode mitigar esses riscos.