Por Cícero Cotrim – A Santander Asset reduziu de 9,2% para 7,1% a sua projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2022, incorporando ao seu cenário as desonerações de combustíveis, energia elétrica e telecomunicações estabelecidas pelo PLP 18. Na direção oposta, a previsão para 2023 avançou de 4,7% para 5,5%, acima do teto da meta no ano (4,75%).
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“As leituras do IPCA continuaram exibindo deterioração, com o índice de difusão em nível elevado e os núcleos em aceleração, já acumulando variação de 10% nos últimos 12 meses”, diz a carta mensal da gestora. “Esses resultados levam a um diagnóstico ainda pior para o processo inflacionário e sugerem, prospectivamente, uma trajetória de desinflação ainda mais lenta.”
Levando em conta as últimas sinalizações do Banco Central (BC), a gestora espera mais um aumento de 0,5 ponto porcentual da Selic em agosto, ao nível terminal de 13,75%. O cenário da Santander Asset leva em conta um quadro de juros altos por mais tempo, com redução da taxa básica a 10,75% no fim de 2023. Mesmo diante da política monetária mais apertada, a gestora aumentou de 1,1% para 1,5% a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022, devido à performance mais forte da atividade no primeiro semestre. Em 2023, a projeção é de crescimento de 0,5% da economia.
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