As perdas recentes em fundos imobiliários (FIIs) geraram “descontos atrativos em relação aos valores patrimoniais”. Por conta disso, a carteira recomendada de FIIs do Santander (SANB11) teve algumas alterações para o mês de janeiro.
Foi incluído o FII Bresco Logístico (BRCO11) e aumentado os pesos dos FIIs BTG Pactual Logística (BTLG11), XP Malls (XPML11), Pátria Recebíveis Imobiliários (HGCR11) e Guardian Real Estate (GARE11).
Foram retirados da carteira recomendada para janeiro os FIIs Vinci Logistica (VILG11) e TG Ativo Real (TGAR11). “Seguimos gostando dos FIIs VILG11 e TGAR11 e mantemos recomendação de compra. Concluímos que as trocas trarão melhores ‘carregos’ (em termos de rendimentos) e melhor potencial de valorização da Carteira ao longo dos próximos 12-18 meses”, escrevem os analistas.
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A desvalorização de muitos FIIs e, inclusive, do referencial na B3, o índice IFIX, ocorreu, entre outros motivos, pelo salto nos últimos meses dos juros futuros. Em 2024, o indicador teve uma queda de -5,89%. Em dezembro, também fechou com perda (-0,67%).
Em relatório, os analistas do Santander afirmam que incluíram o BRCO11 na carteira recomendada porque o fundo “possui um dos melhores portfólios de galpões logísticos, se comparado com os pares, e apresenta características importantes no cenário atual, como portfólio diversificado de 12 imóveis logísticos, classificados como AAA/AA, contratos de longo prazo, origem de cerca de um terço das receitas oriundas de ativos que estão em um raio de até 30 km de São Paulo, região com baixo índice de vacância e um dos maiores preços de locação por m2, e o fato de os principais locatários serem grandes empresas como Natura, Mercado Livre e Whirpool”.
Além disso, os analistas destacam que o FII negocia com um desconto de 16% em relação ao valor patrimonial, sendo uma oportunidade de ganho de capital.
No mês de dezembro, a carteira de Fundos Imobiliários do Santander teve um prejuízo de -2,24%, bem maior que a do IFIX. A perda da carteira acumulada em 2024 foi de -7,95%, também mais acentuada que a do índice de referência. As maiores perdas vieram dos fundos de recebíveis em dezembro e de escritórios no acumulado do ano. Em relatório, o Santander pontua que, desde o início da carteira recomendada de FIIs, em janeiro de 2017, a rentabilidade acumulada é de +132,71% (56,30% acima do IFIX).
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