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Estrategista do Santander vê “exagero” na alta do dólar e fala sobre a chance da Bolsa subir

Em live da corretora do banco, Ricardo Peretti disse que a Bolsa passou a sofrer o peso do noticiário doméstico

Estrategista do Santander vê “exagero” na alta do dólar e fala sobre a chance da Bolsa subir
(Foto: Envato Elements)

O estrategista de ações brasileiras da Santander Corretora, Ricardo Peretti, disse na quarta-feira (3) que vê espaço para os ativos negociados na Bolsa voltarem a subir se o governo apresentar uma solução para questão fiscal e diminuir ruídos que causam aversão a risco no mercado. Segundo ele, o estresse na curva de juros, que passou a antecipar a manutenção ou até mesmo a possibilidade de alta da Selic, explica o momento da bolsa. Porém, ponderou, há “algum grau de exagero” na valorização do dólar.

Durante live da corretora, Peretti disse que vê como possível uma valorização adicional do Ibovespa, considerando que as ações brasileiras seguem, em geral, bem descontadas. O mercado, observou, praticamente deixou de colocar no preço as oportunidades futuras das empresas do País, inclusive em ativos de alta qualidade. “O mercado tirou um pouco o benefício da dúvida [que normalmente concede às ações brasileiras]. Há espaço para as ações voltarem a subir se o humor do mercado melhorar”, comentou o estrategista.

Peretti pontuou que a Bolsa, até então guiada pelas expectativas sobre o início do corte de juros nos Estados Unidos, passou, a partir de abril, a sofrer o peso do noticiário doméstico. Questionamentos sobre a viabilidade do arcabouço fiscal e em relação ao compromisso do Banco Central (BC) com a meta de inflação levaram a uma crise de confiança entre investidores.

Ainda que a valorização do dólar possa estar perto de um ponto de inflexão, o estrategista da corretora do Santander ressaltou que faz sentido manter uma “posição estrutural” – entre 20% e 30% do portfólio – em setores exportadores, como mineração, petróleo e gás, e papel e celulose. Isto é, vale continuar em setores em que as empresas têm toda ou boa parte das receitas em dólar, de modo que a carteira tenha um equilíbrio entre companhias mais expostas ao mercado doméstico e exportadores.

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