Últimas notícias

Santander reduz projeção para Selic terminal de 14,25% para 14,0%

O Copom apresentou seu cenário de referência para o Índice Nacional de Preços ao IPCA com 6,8% em 2022

Foto: Sergio Moraes/Reuters

(Guilherme Bianchini, Estadão Conteúdo) – O Santander Brasil reduziu de 14,25% para 14,0% a projeção para a Selic no fim do ciclo de aperto monetário. Embora esperasse outra alta de 0,50 ponto porcentual na reunião de setembro, a sinalização do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre avaliar a necessidade de um ajuste de menor magnitude levou o banco a revisar seu cenário.

“O Banco Central aparentemente decidiu não reagir tão intensamente ao que víamos como riscos inflacionários adicionais, dada a nova rodada de estímulo fiscal, os sinais de um provável superaquecimento do mercado de trabalho e o aumento das expectativas de inflação“, diz em relatório o superintendente de pesquisa macroeconômica do Santander, Maurício Oreng. “Isso pode refletir a crença do BC de que um dos ciclos de aperto mais intensos e rápidos das últimas décadas sugere que uma dose suficiente do remédio já foi administrada, sem necessidade de prescrever uma dosagem mais forte.”

No comunicado da decisão de ontem, o Copom apresentou seu cenário de referência para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com 6,8% em 2022, 4,6% em 2023, e 2,7% em 2024, ante expectativas no Relatório de Mercado Focus de 7,2%, 5,3% e 3,3%, respectivamente. Para Oreng, a divergência entre os números é bastante normal nesta etapa, diante de incertezas maiores que o habitual.

Preencha os campos abaixo para que um especialista da Ágora entre em contato com você e conheça mais de 800 opções de produtos disponíveis.

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade do Estadão , com a Política de Privacidade da Ágora e com os Termos de Uso

Obrigado por se cadastrar! Você receberá um contato!

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

“Os sinais recentes de uma tentativa de acomodação das expectativas de inflação, provavelmente refletindo os altos e baixos no IPCA de curto prazo, são possíveis indicadores de uma pausa que provavelmente ocorrerá na reunião do próximo mês”, acrescenta.

De acordo com Oreng, a história pode ser um pouco diferente no médio prazo. Ele diz que as expectativas para 2024 podem ser afetadas caso a desaceleração econômica demore mais do que o previsto e/ou preços cíclicos, como serviços subjacentes, mostrem maior persistência. “O risco aqui é que a Selic permaneça em níveis contracionistas por mais tempo, de modo que seguimos confortáveis com nossa projeção de juros a 12,0% no fim de 2023.”