A evolução dos acontecimentos envolvendo a Hypera (HYPE3), que recebeu uma proposta de combinação de negócios da EMS, deve se manter cercada de “muitas incertezas”. A expectativa é de que as ações continuem sendo negociadas com base nas notícias até que o conselho de administração comunique a sua decisão. A opinião é do Santander (SANB11), que reiterou sua recomendação neutra para a empresa e estabeleceu preço-alvo para o final de 2025 de R$ 30,75, potencial de alta de 9% sobre o fechamento da última terça-feira (22).
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As ações registram forte volatilidade desde o anúncio da proposta, que ocorreu no mesmo dia em que a empresa detalhou ao mercado a sua decisão de descontinuar os guidances (projeções) de 2024 e realizar otimização do capital de giro em 2025. Neste momento, a queda se aproxima de 3%, mas ontem fechou em alta de 7%.
Na avaliação dos analistas Caio Moscardini e Karoline Silva Correia, caso o acordo seja concretizado, os papéis podem continuar em elevação. Mas, se for negado, podem ter um desempenho significativamente inferior devido ao impacto da otimização do capital.
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“Neste momento, nossas estimativas estão posicionadas de forma conservadora. A Hypera não está barata, e está sendo negociada próxima à sua média histórica na relação preço lucro (P/L) dos últimos dois anos, mesmo com o risco da potencial fusão não se materializar”, escrevem. Eles acrescentam que, além disso, o potencial retorno de Fluxo de Caixa Livre (FCF) da nova companhia estimado em 7,2% não parece atraente em 2026, pois está alinhado com valores de Fleury (FLRY3) e Rede D’Or (RDOR3), e significativamente abaixo da Hapvida (HAPV3).
O Santander trabalha com dois cenários: o otimista sugere um valor de fluxo de caixa descontado (DCF) de R$ 36,50 por ação, enquanto o cenário pessimista sugere um valor de DCF de R$ 23,75 por ação.
O fundamento do cenário otimista é uma recuperação mais rápida na venda direta após a otimização de capital, e margens mais altas a curto prazo devido à alavancagem operacional. O cenário pessimista assume que a Hypera enfrenta níveis de serviço mais baixos no ponto de venda, e, portanto, a venda ao consumidor final desacelera levando a menores vendas diretas, segundo o Santander.
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