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Santander revisa projeções para a Raízen (RAIZ4) e reduz preço-alvo; saiba os motivos

Segundo o banco, o terceiro trimestre fiscal de 2025 da empresa deve apresentar resultados mais fracos

Santander revisa projeções para a Raízen (RAIZ4) e reduz preço-alvo; saiba os motivos
Raízen. (Foto: Divulgação/Raízen)

O Santander (SANB11) revisou suas projeções para a Raízen (RAIZ4) e reduziu o preço-alvo das ações da companhia de R$ 2,90 para R$ 2,40, mantendo a recomendação neutra. Segundo o relatório assinado por Guilherme Palhares e Laura Hirata, o terceiro trimestre fiscal de 2025 deverá apresentar resultados mais fracos devido a uma combinação de fatores, incluindo volumes de moagem de cana abaixo do esperado, preços menores do açúcar e condições econômicas adversas no Brasil.

Até o momento, a Raízen processou 77,5 milhões de toneladas de cana na safra atual, uma queda de 7% em relação a igual período do ano-safra anterior. A produção de cana-de-açúcar também registrou redução de cerca de 5%, afetada por incêndios que prejudicaram as operações e poderão exigir maiores investimentos em renovação de lavouras.

Além disso, a concorrência intensificada e as margens pressionadas continuam sendo desafios significativos. “Esperamos que as margens permaneçam desafiadoras ao longo do ano”, apontaram os analistas do Santander.

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O relatório também destaca o fim da produção comercial da primeira planta de etanol de segunda geração (E2G) da companhia, localizada na Usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP). Segundo o Santander, a decisão reflete o baixo desempenho da planta, que operava abaixo da meta de 50% do Ebitda devido à tecnologia legada, escala limitada e à falta de contratos de E2G. O cenário foi agravado pelo aumento das taxas de juros no Brasil e pela inflação nos custos de desenvolvimento de instalações.

Diante disso, o banco revisou suas projeções de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado para 2025 e 2026, com cortes de 6% e 22%, respectivamente. As reduções refletem a combinação de fatores como menores preços do açúcar, taxas de juros elevadas, redução da moagem de cana na safra 2024/25, desativação da planta de E2G, desvalorização do real e preços médios de combustíveis nas bombas no Brasil.