A Santander Asset Management Brasil (SAM) tem visão positiva para os investimentos em 2024. A casa enxerga atratividade na renda fixa, crédito privado, Bolsa local, fundos de infraestrutura e imobiliários, além de multimercados. “De forma geral, esperamos um cenário mais construtivo para 2024, tanto do lado global quanto do local. O processo de reequilíbrio macro deve continuar avançando, com crescimento moderado – sem recessão -, desaceleração da inflação, início do ciclo de corte dos juros nos países desenvolvidos e continuidade da queda da Selic no Brasil”, aponta a casa em relatório. A estimativa para a Selic é de 9,5% ao ano no fim de 2024 e 8,5% em 2025.
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A renda fixa ainda oferece bons prêmios, ainda que o potencial de ganho seja menor após a performance positiva em 2023. O relatório indica que há espaço para recuo das taxas futuras, tanto nominais quanto reais. “Parte do debate deverá estar na composição deste portfólio de renda fixa, avaliando sua diversificação entre os instrumentos (pré-fixados e NTN-Bs) e vencimentos ao longo da curva”, destaca o texto.
A gestora avalia os produtos de crédito privado e infraestrutura como alternativa para melhorar o retorno da parcela dos portfólios direcionada para risco mais baixo, com aderência ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI). “O cenário macro deve favorecer esse tipo de produto, já que a perspectiva de juros mais baixos e atividade em moderação, com baixo risco de recessão, contribui para melhorar a qualidade de crédito dos emissores.”
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A combinação de juros mais baixos e atividade em desaceleração moderada deve favorecer também os Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), na avaliação da asset. As oportunidades são vistas tanto em fundos de papel quanto de tijolo. A conjuntura vai contribuir para melhorar a qualidade de crédito dos emissores de títulos e dos inquilinos dos imóveis, aponta a SAM.
Migração para Bolsa
O ciclo de corte de juros também deve favorecer a Bolsa brasileira, impactando positivamente o lucro de algumas empresas. A expectativa é de uma migração de recursos da renda fixa para a renda variável. Já os níveis de preços estão em patamares atrativos, acrescenta a SAM, tanto em termos absolutos quanto na comparação com outros mercados internacionais.
Em termos de alocação setorial, a casa indica que entra no próximo ano com preferência por setores que se beneficiam do ciclo de queda da Selic.
Multimercados
Ainda, os fundos multimercados são citados como ferramenta para diversificação no ambiente construtivo de 2024. “Temos um ambiente construtivo para a economia global e local, porém com fatores de risco ainda presentes, que podem gerar oscilações nos preços dos ativos. Este contexto sugere, a princípio, oportunidades para serem capturadas por este tipo de produto.”
Investimentos internacionais
Para bolsas internacionais, a visão é “próxima da neutralidade”, dado o patamar de preços elevado das ações. “Entendemos que existem oportunidades de ganhos no mercado acionário global, mas que dependem de uma criteriosa avaliação geográfica e setorial, levando em conta o nível de preços e os aspectos microeconômicos e temáticos de caráter mais estrutural.”
Já para a renda fixa global, a SAM considera que os preços estão mais atrativos do que a média histórica e que podem ser abertos pontos de entrada interessantes ao longo do ano que vem.