O Santander (SANB11) reiterou a recomendação outperform (equivalente a compra) para Yduqs (YDUQ3), sua principal escolha no segmento de educação. O banco ainda elevou de R$ 14,70 para R$ 20 o preço-alvo do papel, em função da maior geração de caixa e de uma menor taxa de desconto. O novo preço representa um potencial de valorização de 26,1% ante o fechamento da sexta-feira (30).
Na opinião dos analistas Caio Moscardini e Karoline Silva Correia, a nova estrutura regulatória do ensino pós-secundário “removeu uma incerteza importante” do segmento de educação. “Nesse sentido, as ações da Yduqs podem ser reavaliadas, impulsionadas por fundamentos positivos, incluindo um ciclo melhor no segmento presencial, forte suporte ao crescimento do lucro por ação nos próximos anos e melhor perfil de geração de caixa e desalavancagem”, refletem.
Os profissionais, contudo, reconhecem que a estrutura regulatória aumenta custos do segmento, mas que isso já está incorporado no modelo de avaliação do banco, que mesmo neste cenário de pressão, projeta um taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 27% no lucro por ação (LPA) para 2025-2027. Além disso, segundo a casa, o fluxo de caixa livre (FCF) poderá permanecer robusto em R$ 532 milhões em 2025, contra R$ 367 milhões em 2024.
O Santander, inclusive, acredita que Yduqs está entre as empresas mais bem posicionadas para navegar pelo novo ambiente regulatório mais rigoroso.
“A principal pressão vem da maior carga horária presencial e da limitação de um mediador pedagógico para 70 alunos, o que gerará custos mais altos”, consideram os analistas, lembrando que o curso de enfermagem foi proibido no ensino a distância, o que representa um obstáculo para as matrículas da Yduqs, visto que o curso estava entre os de crescimento mais rápido dentro do portfólio. Por conta disso, o Santander reduziu as expectativas de EAD para 2026.
Conforme o Santander, contudo, Yduqs demonstrou confiança na entrega das projeções para 2025, impulsionada por melhor composição de alunos, menores provisões para glosas (suspensões de pagamento) e menor penetração do ensino a distância. “Em suma, projetamos um LPA de 1,81 vez em 2025 e uma geração robusta de caixa (FCF) de R$ 532 milhões”, acrescentam os analistas.