A empresa de pagamentos e software Stone (STOC31) encerrou o terceiro trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 162,5 milhões, 90,5% superior ao visto no mesmo período do ano passado, de acordo com balanço divulgado nesta quinta-feira (17). O resultado foi mais que o dobro do registrado no trimestre anterior, de R$ 76,5 milhões.
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Sem ajustes, a Stone teve resultado de R$ 197,1 milhões, revertendo prejuízo de R$ 1,260 bilhão registrado no mesmo período do ano passado. Os ajustes do lucro da companhia se referem a despesas com o bond, a marcação a mercado no investimento do Banco Inter e as despesas relacionadas a pagamentos através de ações, entre outros.
O lucro antes de impostos (EBT) foi de R$ 246,5 milhões, ante perda de R$ 1,427 bilhão registrada nessa linha no mesmo período do ano passado. Segundo a Stone, o resultado se deve ao crescimento e aos esforços de ajuste de preços, diante do aumento das taxas de juros, que pesam sobre as despesas financeiras. Também houve ganhos de eficiência, afirma a companhia.
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A receita líquida foi de R$ 2,508 bilhões, alta de 70,7% em 12 meses e recorde histórico, afirma a Stone, que pontua que o desempenho foi puxado pelo segmento de serviços financeiros. Nesta vertical, que inclui o negócio de maquininhas e outras iniciativas, a receita foi de R$ 2,1 bilhões, crescimento de 84,1% em um ano. Em software, a alta foi de 21,6%, para R$ 366,2 milhões.
O volume de transações processado pela Stone somou R$ 93,3 bilhões no terceiro trimestre, crescimento de 24,5% em relação ao mesmo período de 2021, e de 2,9% no espaço de um trimestre. A alta veio das micro, pequenas e médias empresas, que têm sido o foco da companhia, com crescimento de 44,7% em um ano, para R$ 74,7 bilhões entre julho e setembro.
A base de clientes da companhia encerrou setembro em 2,372 milhões, crescimento de 70,9% na comparação com o mesmo período de 2021. Já a take rate (medida da conversão de captura em receita) foi de 0,95% nas chamadas contas-chave, alta de 0,33 ponto porcentual em um ano. Entre MPMEs, subiu 0,55 ponto, para 2,21%.
Assim como as demais líderes em adquirência, a Stone tem aumentado os preços cobrados dos clientes para fazer frente ao crescimento dos juros, que tem impacto nas despesas de captação da companhia.
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A despesa financeira líquida da Stone foi de R$ 940,3 milhões no terceiro trimestre, 184,3% superior à registrada no mesmo intervalo de 2021.