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Taesa (TAEE11): ações sobem com otimismo do mercado; veja se é momento de comprar

A elétrica tem apresentados pregões desconexos com o mercado nos últimos dias; veja os motivos

Taesa (TAEE11): ações sobem com otimismo do mercado; veja se é momento de comprar
Taesa (TAEE11) - Foto: Adobe Stock

As ações da Taesa (TAEE11) sobem no pregão desta terça-feira (20). A alta acontece em um dia turbulento para o mercado financeiro, que opera com volatilidade entre perdas e ganhos. Às 13h53min, as ações da Taesa subiam 0,48%, a R$ 35,56. No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,27%, a 136.146,12 pontos.

O mercado está atento aos discursos do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em evento do BTG Pactual – veja detalhes aqui. O movimento da Bolsa acompanha a valorização registrada na segunda-feira (19), após o indicador fechar em alta de 1,36%, aos 135,7 mil pontos – o maior nível nominal já registrado pelo índice em um fechamento.

Segundo os analistas do Itaú BBA, o Ibovespa passou por uma tendência de alta no curto prazo. Os analistas comentam que o índice “venceu mais uma batalha” no dia anterior marcando nova máxima histórica e a maioria dos índices setoriais da B3 como SMLL, INDX, IEEX, ICON e IFCN superaram a máxima da semana passada.

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Os especialistas dizem que a questão do mercado internacional foi outro vento a favor nos últimos dias, com os dois principais índices americanos SP500 e Nasdaq superaram a máxima obtida em 1º de agosto, diminuindo a pressão vendedora. “Depois de um rali de duas semanas, o mercado continua esticado e mostra até o momento força de que pode continuar a subida”, dizem Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, que assinam o relatório do BBA.

Os analistas calculam que o Ibovespa pode chegar aos 150 mil pontos no cenário mais otimista, uma alta de 10,47% na comparação com o fechamento de segunda-feira (19), quando o indicador encerrou o pregão a 135.778 pontos. Para o cenário pessimista, o Itaú BBA estima uma queda de 5,74% para a casa dos 128.400 pontos.

Já a Taesa tem apresentados pregões desconexos com o mercado nos últimos dias. Enquanto o Ibovespa subiu 2,55% na semana passada, as ações da Taesa recuaram 1,86%. Esse discrepância acontece pelo fato de a companhia ter mudado a forma do seu pagamento de dividendos.

A empresa revelou que pagará seus dividendos com base no lucro líquido regulatório e não o lucro líquido da norma padrão internacional, que tende a ser maior que o regulatório. Além disso, a empresa estimou o payout (proporção do lucro a ser paga em proventos) será de 75% do lucro líquido regulatório em 2024 e planeja distribuir de 90% a 100% nos próximos anos.

O que o Itaú BBA e BTG dizem para fazer com as ações da Taesa?

O Itaú BBA classifica a ação da Taesa (TAEE11) como market perform, desempenho acima da média do mercado, e que é equivalente a neutra. Os analistas calculam um preço-alvo para o papel de R$ 36,70 para o fim de 2024, uma potencial alta de 3,70% na comparação com o fechamento de segunda-feira (19), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,39.

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A recomendação é neutra em meio as estimativas dos analistas da redução dos dividendos da companhia elétrica. A equipe do Itaú BBA diz que em 2023, a empresa pagou 83% do seu lucro consolidado no padrão contábil internacional (IFRS). O valor foi equivalente a 104% do lucro líquido regulatório. O que gerou um dividend yield (rendimento em dividendo) de 9,5%.

A elétrica, no entanto, mudou o seu pagamento de proventos. A modalidade passou a ser 75% do lucro líquido regulatório. Com essa perspectiva de pagamento, os analistas estimam que a Taesa deve entregar um pagamento de 6,3% do seu valor de mercado em dividendos.

Os analistas fazem essa estimativa após a companhia reportar um lucro líquido regulatório de R$ 294 milhões no segundo trimestre de 2024, cerca de 23% acima das expectativas do Itaú BBA. “A empresa do setor elétrico reportou resultados neutros com queda nas receitas puxada pela deflação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que causou baixa de preços nos contratos da empresa”, dizem Marcelo Sá, Fillipe Andrade, Luiza Candiota e Victor Cunha, que assinam o relatório do Itaú BBA.

Devido as perspectivas de menor distribuição de dividendos e os problemas da empresa com a deflação, os analistas estimam poucos gatilhos de alta para Taesa e não recomendam compra para as ações da companhia. O BTG segue a mesma linha e prevê dividendos menores. No entanto, os analistas são mais duros e possuem recomendação de venda para Taesa (TAEE11) com preço-alvo de R$ 35 para os próximos 12 meses, uma queda de 1,10% na comparação com o fechamento de segunda-feira (19), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,39.

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