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Nelson Tanure toma multa milionária da CVM por omissão ao mercado

O entendimento foi que Tanure não comunicou sua posição, mas a decisão não foi unânime

Nelson Tanure toma multa milionária da CVM por omissão ao mercado
O empresário Nelson Tanure. Foto: TASSO MARCELO/AE
  • O executivo recebeu três penalidades de R$ 500 mil cada
  • O processo analisou, se o executivo não comunicou ao diretor de relações com investidores (RI) da Petro Rio (atual Prio) (PRIO3) sua posição de controlador acionário da empresa, entre outros casos.
  • Blener Mayhew, diretor de RI da Petro Rio no período, foi condenado a pagar duas multas de R$ 300 mil

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou o empresário Nelson Tanure em R$ 1,5 milhão na terça-feira (11). O processo analisou se o executivo não comunicou ao diretor de relações com investidores (RI) da Petro Rio (atual Prio) (PRIO3) sua posição de controlador acionário da empresa, entre outros casos.

O executivo recebeu três penalidades de R$ 500 mil cada. O entendimento foi que Tanure não comunicou sua posição, mas a decisão não foi unânime.

Mas essa não é a primeira vez que Tanure tem problemas com a divulgação ao mercado sobre sua posição de controlador de uma empresa. Em janeiro, a gestora Esh Capital pediu a suspensão de direitos políticos de Tanure.

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O pedido foi feito com base nos cálculos da gestora de que os fundos ligados ao empresário já teriam atingido uma fatia de 50% da Gafisa (GFSA3), fazendo com que a cláusula de “poison pill” fosse disparada.

Blener Mayhew, diretor de RI da Petro Rio no período, foi condenado a pagar duas multas de R$ 300 mil, por ter realizado divulgações incompletas no formulário de referência da companhia e ter informado como independentes outros conselheiros ligados a Tanure.

Flávia Perlingeiro, relatora do caso, havia votado pela inabilitação do empresário de atuar em empresas de capital aberto como administrador ou conselheiro por 36 meses. Ela considerou que houve uma “gravíssima omissão informacional”, uma vez que a omissão levaria os investidores a crer que a Prio como companhia de capital pulverizado.

João Accioly, diretor da autarquia, considerou que a pena de inabilitação temporária é normalmente reservada a casos relacionados a ilícitos graves, como fraude, dissimulação ou corrupção contra certos agentes de mercado, e por isso votou pela multa, acompanhado por Alexandre Rangel, Otto Lobo e João Pedro Nascimento.

 

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