A Tecnisa (TCSA3) teve prejuízo líquido de R$ 56,9 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo o lucro de R$ 15,8 milhões do mesmo período de 2022, de acordo com balanço divulgado há pouco.
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O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 28,5 milhões, também revertendo resultado positivo de R$ 30,9 milhões na mesma base de comparação anual.
Já a receita líquida cresceu 62%, para R$ 112,8 milhões, decorrentes das vendas dos meses anteriores e do reconhecimento contábil de empreendimentos em obras.
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A incorporadora teve alguns efeitos não recorrentes que afetaram o balanço. Entre eles está uma revisão de R$ 26 milhões no orçamento de obras, além de R$ 8 milhões em assistência técnica referente a um problema com elevadores.
A Tecnisa teve um aumento de 132% no custo dos imóveis vendidos, para R$ 138 milhões, devido ao reconhecimento contábil de obras que estavam sob cláusula suspensiva.
A linha de equivalência patrimonial (que apura os resultados oriundos de empreendimentos feitos em sociedade) gerou um ganho de R$ 12 milhões, revertendo perda de R$ 4 milhões do mesmo período do ano anterior.
A despesa comercial aumentou 5,2% para R$ 7,9 milhões, enquanto a despesa geral e administrativa ficou estável em R$ 24,4 milhões.
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A Tecnisa contabiliza uma receita a apropriar decorrente de vendas na ordem de R$ 278,7 milhões, com margem bruta de 28,0%. O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 3 milhões.
Ao longo de 2023, a companhia lançou apenas um empreendimento, o residencial Belaterra, no quatro trimestre, valor geral de vendas (VGV) de R$ 211 milhões e 60 apartamentos.
A vendas líquidas caíram 38% no quarto trimestre de 2023, para R$ 196 milhões.
O estoque de imóveis à venda era de R$ 790 milhões no fim do ano passado, do qual 74% são unidades em construção, 19% na planta e apenas 9% prontas.
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A companhia reportou queima de caixa de R$ 76,5 milhões no trimestre, e R$ 170 milhões no acumulado do ano, devido aos desembolsos com aquisição de Cepacs.
A dívida líquida foi a R$ 614 milhões no quarto trimestre, alta de 38,4% em um ano. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido) chegou a 114,6% – uma das mais altas entre as incorporadoras listadas na bolsa.