A XP elevou a recomendação da Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo, de neutro para compra e manteve a recomendação de compra para a Tim, mencionando um momento favorável para o setor de telecomunicações no Brasil, particularmente para as empresas que possuem receita significativa com telefonia móvel: 70% da Vivo e 92% da Tim.
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“Em nossa análise, o desempenho sólido tanto da TIM quanto da Vivo reportados nos últimos trimestres, valida a tese de investimento que temos defendido no setor. Muitos dos desafios históricos que afastaram os investidores da indústria de telecomunicações agora foram superados, principalmente com a consolidação do mercado, que desempenhou um papel fundamental”, afirmam Bernardo Guttmann e Marco Nardini, em relatório enviado a clientes.
Os analistas destacam que ambas as empresas alcançaram um “impressionante” crescimento da receita no segmento de serviços móveis, sendo acima da inflação: 10,4% da Vivo e 9,7% da TIM (TIMS3) no segundo trimestre de 2023 ante mesmo período de 2022. “Esses resultados sólidos aumentam a confiança do mercado, com as ações da TIM subindo 24% e as ações da Vivo subindo 17% no acumulado do ano”, afirmam.
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Além disso, a XP avalia que existem impulsionadores estruturais no setor de telecomunicações e que beneficiam os resultados financeiros das duas empresas, como: a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) (IVA) permitiu que as empresas repassassem a inflação; a consolidação do mercado criou um ambiente competitivo mais racional, que pode levar à recuperação do mercado; a indústria testemunhou uma eficiência aprimorada da infraestrutura por meio de redes de infraestrutura neutras e do acordo de compartilhamento de rede entre a Vivo e a Tim.
“Essas iniciativas ainda estão em seus estágios iniciais e progredindo lentamente, mas mostram potencial para a implementação de redes 5G. Além disso, as participações adicionais do espectro da Oi aumentam a eficiência e retorno sobre o capital investido”, segundo Guttmann e Nardini.
Em relação ao possível fim do juros sobre capital próprio (JCP), a XP avalia que as empresas mais afetadas seriam a Tim e a Vivo, devido aos seus altos rendimentos de dividendos (6,2% para a Tim e 8,9% para a Vivo em 2022).
Junto às recomendações de compra, a XP introduziu novos preços-alvos para o final de 2024. A ação ordinária da Telefônica, dona da Vivo, passou de R$ 49 para R$ 54, o que representa um potencial de valorização de 29%. Já o papel ordinário da Tim passou de R$ 19 para R$ 21, implicando um potencial de valorização de 46%. Assim, Tim foi reiterada como ‘top pick’ (preferência) entre os pares.
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