A Genial Investimentos classificou como “muito razoáveis” os termos apresentados nesta quinta-feira (15) para a privatização da Sabesp (SBSP3). A expectativa é que as condições ajudem a destravar valor. Em relatório, o analista da Genial, Vitor Sousa, destaca as mudanças apresentadas pelo Governo de São Paulo. Entre elas, o novo modelo de revisão tarifária.
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A nova proposta é que sejam considerados na tarifa apenas os investimentos já realizados, método conhecido como “backward looking”, já utilizado pelo setor elétrico. Atualmente, a Sabesp adota a premissa de “forward looking”, que inclui na tarifa investimentos projetados no plano de negócios.
“Entendemos que essa medida é positiva por viabilizar toda a operação sem grandes pressões tarifárias para os usuários”, diz Sousa.
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O analista ressalta também a nova periodicidade da revisão tarifária. Nos primeiros dois ciclos tarifários (cerca de 10 anos), os investimentos serão reconhecidos anualmente nas tarifas da empresa e não após cinco anos como nas revisões comuns. As revisões passarão a ser de cinco em cinco anos após o 11º ano do contrato. “Achamos esse evento positivo para o case da empresa por reforçar a necessidade de alcançar a universalização até 2029”, afirma.
Caso a empresa não realize os investimentos necessários, simplesmente não irá operar com a tarifa adequada, segundo a Genial. O relatório menciona também o interesse do Governo no repasse das eficiência obtidas pelo operador, compartilhado pelo operador e pelo usuários. O modelo é similar ao utilizado pelo setor elétrico.
Outra intenção do Executivo paulista é abarcar a figura de um acionista de referência para operar a empresa, ainda que com menos de 50% das ações. “Achamos essa medida interessante por tentar trazer um grupo com expertise no setor”.