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Tesouro Direto volta a negociar títulos após greve de servidores; veja o que diz o sindicato

Servidores públicos paralisaram em meio a exigência de melhoria de salários e demandas de condições de trabalho

Tesouro Direto volta a negociar títulos após greve de servidores; veja o que diz o sindicato
Tesouro Direto (Foto: Brenda Blossom - stock.adobe.com)

As negociações do Tesouro Direto voltaram a funcionar nesta quarta-feira (25) após greve dos funcionários na última terça-feira (24), informou a assessoria do Tesouro Nacional em nota ao E-Investidor. “As negociações estão acontecendo normalmente hoje, o dia de greve foi somente ontem, dia 24 de setembro”, diz o Tesouro.

O motivo para paralisação está no fato de o reajuste dos salários dos servidores do Tesouro não constar na Lei de Diretrizes Orçamentaria (LDO) de 2025. O evento é organizado pala Unacon Sindical, que se manifestou em nota sobre a greve.

“Além do impacto no Tesouro Direto, a mobilização afeta programas essenciais do governo, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa de Financiamento à Exportação (Proex) e o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro)”, aponta o sindicato.

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De acordo com o sindicato, até o momento não houve avanço nas pautas, inclusive nas demandas sem impacto financeiro, como a manutenção dos atuais níveis da tabela de progressão e a exigência de nível superior para o cargo de Técnico Federal de Finanças e Controle.

Tesouro IPCA+ tem disparada de juros

A piora da percepção fiscal e dos indicadores expressos no Boletim Focus pressionaram as taxas do Tesouro Direto na última segunda-feira (23). Essa deterioração do cenário, portanto, é responsável por fazer os títulos IPCA+ encostarem no pico de 7% de juro real ao ano.

No Focus, as perspectivas para a inflação foram reavaliadas para cima pela décima semana seguida. Agora, o consenso é de que até o final de 2024, o IPCA esteja em 4,37%. As expectativas para a taxa básica de juros Selic também continuam subindo – até semana passada, a visão era de que o juro chegaria ao final de dezembro em 11,25% ao ano. Hoje, a visão mudou para 11,5% ao ano.

A notícia de que o governo está revisando o contingenciamento de R$ 3,8 bilhões também azedou o humor dos investidores. “A indefinição externa, o fraco desempenho das principais commodities e o crescimento da percepção de risco fiscal devem limitar a tomada de risco por aqui”, avaliou a Ágora Investimentos, em relatório. Para mais notícias sobre o Tesouro Direto, clique aqui neste link.