Tesouro Nacional e B3 lançam campanha para popularizar o Tesouro Direto e rivalizar com a poupança
Iniciativa conjunta aposta em educação financeira, simplificação da jornada do investidor e inovação para atrair especialmente os jovens e pequenos poupadores
B3 destaca Tesouro Direto como alternativa segura e acessível à poupança. (Foto: Adobe Stock)
O Tesouro Nacional e a B3 anunciaram nesta segunda-feira (1º) uma nova campanha para ampliar o alcance do Tesouro Direto entre os brasileiros. A iniciativa busca popularizar o produto como alternativa de investimento mais segura e rentável em comparação à poupança, além de reforçar a importância da educação financeira no país.
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o objetivo vai além de números: trata-se de um projeto de transformação social. Ele defende que:
A gente quer dar uma dignidade mínima a todos os brasileiros, que eles possam ter acesso ao conhecimento e fazer escolhas conscientes. Isso é libertador para qualquer pessoa, especialmente os jovens, que precisam entender como organizar suas finanças e guardar recursos para alcançar seus objetivos de vida.
Bruna De Caro, superintendente de Marketing da B3, destacou que a campanha é também uma forma de facilitar a jornada do investidor.
Ela explicou que, além da comunicação, o esforço envolve ajustes no produto, no site, no aplicativo e até na criação de formatos inovadores, como o gift card do Tesouro Direto. O objetivo, segundo ela, é tornar a experiência de investimento mais simples e acessível.
Poupança vs renda fixa: rivais?
Ceron reforçou que a campanha também tem caráter provocativo, ao comparar a poupança a outros produtos financeiros.
Ele explicou que, embora a poupança tenha papel em situações como a reserva de emergência, pode não ser a melhor escolha para objetivos de longo prazo, como custear os estudos de um filho ou garantir uma aposentadoria digna. O superintendente observou:
É essa reflexão que queremos estimular: mostrar que existem instrumentos seguros e rentáveis, como o Tesouro Direto, que podem ser mais adequados para diferentes metas.
Tesouro Direto como a nova porta de entrada
De Caro acrescentou que o Tesouro Direto pode ser a porta de entrada para milhões de investidores que ainda concentram suas economias na poupança ou em títulos de capitalização.
Embora não trabalhe com metas numéricas para a campanha, a executiva afirmou que a parceria histórica entre Tesouro e B3, iniciada em 2003, tem potencial para alcançar públicos cada vez mais amplos.
“O objetivo é popularizar o Tesouro Direto, porque acreditamos que ele deveria ser efetivamente um investimento popular, acessível a partir de valores muito baixos, de 7 ou 10 reais”, disse.
Outro ponto ressaltado por Ceron foi a preocupação em atender especialmente os pequenos investidores. Ele lembrou que o Tesouro já adota mecanismos de incentivo, como a isenção de taxa de custódia, para quem aplica menores valores.
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“Diferente de grandes bancos, que buscam clientes com altos tickets, o sucesso do Tesouro Direto está em ter milhões de pessoas investindo pequenos valores. É isso que transforma”, afirmou.
Bruna De Caro concluiu lembrando que, além da carência histórica de educação financeira no Brasil, existem fricções práticas que dificultam a adesão a produtos de investimento.
Por isso, a campanha também aposta em soluções como a liquidação 24/7, que deve ser lançada ainda este ano, para atender os brasileiros nos horários em que mais têm disponibilidade para cuidar das finanças.
“A gente não viu barreiras intransponíveis, mas identificamos formas de deixar tudo mais simples. O Tesouro Direto precisa ser percebido como o que de fato é: um produto seguro, acessível e transformador”, finalizou.