- O RendA+ contabilizou R$ 60 milhões de compras e 7.675 investidores em sua primeira semana
- Dentre as oito datas, a queridinha dos investidores foi 2030
- O título com vencimento em 2060 é o último na lista de compra, com R$ 946 mil
O Tesouro RendA+, novo título do Tesouro Direto (TD), contabilizou R$ 60 milhões de compras e 7.675 investidores em sua primeira semana. O ativo, que está sendo negociado desde o dia 30 de janeiro, foi criado com o objetivo de complementar a aposentadoria dos brasileiros. Esse valor representa 12,64% do total das vendas líquidas de todos os títulos do TD no período, de R$ 475 milhões.
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Ao adquirir o título, o investidor terá de escolher uma entre oito datas disponíveis para o vencimento do ativo: 2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065. Tal data funciona como o “início da aposentadoria”, pois a partir dela é que o Tesouro realiza o pagamento por meio de amortizações em parcelas mensais iguais.
Veja nessa reportagem as vantagens e desvantagens do RendA+ apontadas por especialistas.
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Dentre as oito datas, a preferida dos investidores foi 2030, cujas compras passaram dos R$ 24 milhões na primeira semana, enquanto o título com vencimento em 2060 foi o menos procurado, com R$ 946 mil.
No primeiro dia de operação, o Tesouro RendA+ vendeu R$ 13 milhões em títulos, com um pico de compras no dia 1º de fevereiro, de R$ 14,5 milhões. No dia 31 de janeiro, o papel vendeu R$ 11 milhões; no dia 2 de fevereiro o total chegou a R$ 9,7 milhões; e na última sexta-feira, R$ 11,7 milhões.
Dentre os demais títulos – Tesouros Prefixados, Selic e IPCA+ -, o RendA+ contabilizou 12,6% das vendas líquidas totais do Tesouro Direto entre o dia 30 e o dia 3.
Como funciona
O RendA+, cuja nomenclatura oficial é Nota do Tesouro Nacional Série B Subsérie 1 (NTN-B1), tem valor mínimo de entrada de R$ 30. O pagamento poderá ser realizado via Pix. Para quem recebe até seis salários mínimos não haverá taxa de custódia. Para o investidor cuja remuneração passa desse valor, será cobrada 0,10% ao ano sobre o excedente.
Tanto o título como a sua remuneração mensal no futuro sofrerão correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o que garante a manutenção do seu poder de compra.
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A remuneração dependerá de quantos papéis forem comprados até a data de conversão (momento em que o investidor começa a receber sua renda acumulada). Quanto mais títulos, maior a renda mensal.
Caso seja realizado o resgate antecipado em menos de dez anos, será cobrada uma taxa sobre o valor de resgate de 0,50% ao ano (a.a.). Entre 10 e 20 anos, a taxa cobrada será de 0,20% a.a. Acima de 20 anos, 0,10% a.a. Os rendimentos serão tributados da mesma forma que alguns títulos de renda fixa: uma alíquota de 22,5% para resgate de até 180 dias; de 20% para prazos de 181 a 360 dias; de 17,5% para prazos de 361 a 720 dias; e após 720 dias será cobrado 15% de alíquota.