A TIM (TIMS3) apresentou alta de 25% no lucro líquido normalizado do segundo trimestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, chegando a R$ 976 milhões. O lucro vem do crescimento do negócio de internet móvel – puxado pelo segmento pós-pago – e de medidas de ganho de eficiência nas operações, com melhora da margem. A empresa também teve redução nas suas despesas financeiras, o que ajudou na melhora do resultado líquido.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado cresceu 6,3% no trimestre, para R$ 3,351 bilhões. A margem Ebitda avançou 0,8 ponto porcentual, indo a 50,8%. O indicador no critério ‘normalizado’ exclui uma série de receitas e despesas que a TIM considera não recorrente.
A receita líquida da TIM teve expansão de 4,7% no trimestre, chegando a R$ 6,600 bilhões. A receita com serviços móveis avançou 5,6%, para R$ 6,089 bilhões, enquanto no segmento fixo houve um recuo de 2,8%, para R$ 328 milhões. Já a receita de venda de aparelhos caiu 8,0%, para R$ 183 milhões.
No segmento móvel, a receita de pós-pago cresceu 10,7%, com a receita média por usuário (Arpu, na sigla em inglês) indo a R$ 44,3, leve alta de 1,0%. A TIM destacou o crescimento do negócio de pós-pagos se deve a um conjunto de fatores, como reajuste anual nos preços, incentivo à migração dos clientes para planos de maior valor e manutenção dos baixos níveis de desligamentos (churn, que ficou em 0,8% da base). Já a receita de pré-pago encolheu 10,6%, enquanto o Arpu foi para R$ 14,3, recuo de 4,3%.
A TIM atribuiu essas quedas ao menor volume de recargas e à migração de clientes para os planos de maior valor. No segmento fixo, a operadora comentou que a banda larga segue afetada por um mercado competitivo, com intensa disputa de preços e grande quantidade de provedores regionais. O Arpu do setor caiu 3%, para R$ 95,6. Os custos operacionais normalizados aumentaram 3,1%, para R$ 3,249 bilhões.
Apesar do incremento, os custos subiram em um ritmo menor que o da receita líquida, abrindo espaço para ganho de margem. O resultado financeiro da TIM (saldo entre receitas e despesas financeiras) normalizado gerou uma despesa de R$ 375 milhões no trimestre, 16,7% menor na comparação anual. Segundo a companhia, houve aí uma performance positiva do Fundo 5G, que totalizou R$ 73 milhões de valorização no trimestre.
A companhia fez investimentos de R$ 882 milhões no trimestre, baixa de 4,6%. Os aportes foram principalmente para expansão da rede 5G, com destaque para a infraestrutura de São Paulo e Minas Gerais. O fluxo livre de caixa subiu 11,9%, totalizando R$ 1,718 bilhões. A TIM terminou o ano com dívida líquida total de R$ 11,283 bilhões e alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida Ebitda) de 0,87 vez.