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![Ações da Tim (TIMS3) saltam após balanço agradar o mercado. Foto: Adobe Stock](https://einvestidor.estadao.com.br/wp-content/uploads/2025/02/tim-tims3_110220251839-710x473.webp)
As ações da Tim (TIMS3) se destacam entre as maiores altas do Ibovespa hoje, após a empresa divulgar seu balanço do quarto trimestre de 2024. Os papéis saltam 5,69% às 14h03, cotados a R$ 16,73, depois de já terem oscilado entre máxima a R$ 16,89 e mínima a R$ 16,15. Os números apresentados vieram em linha com as expectativas do mercado, sem grandes surpresas.
Nos últimos três meses do ano passado, a companhia reportou um lucro líquido normalizado de R$ 1,055 bilhão, maior patamar já registrado em sua história, representando uma alta de 17,1% em relação ao resultado observado no mesmo período de 2023. Já o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) normalizado cresceu 6,2% no quarto trimestre em relação ao mesmo intervalo do ano anterior, para R$ 3,346 bilhões. Vale lembrar que o indicador no critério ‘normalizado’ exclui uma série de receitas e despesas que a Tim considera não recorrente.
A receita de serviços móveis avançou 5,4% na comparação anual e seguiu as expectativas do mercado, impulsionada pelo segmento pós-pago. Já a receita do setor pré-pago foi mais fraca que o esperado, caindo 10,4% na mesma base comparativa.
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Junto aos resultados do quarto trimestre, a empresa também atualizou as metas (guidances) do seu plano estratégico, com projeções para o ano de 2025 e para o triênio de 2025 a 2027. A companhia agora espera um crescimento da receita de serviços na ordem de 5% em 2025 e de 5% para o triênio.
No que se refere aos dividendos, a Tim projeta repassar de R$ 3,9 bi a R$ 4,1 bilhões em remuneração aos acionistas em 2025, o que implica um dividend yield (rendimento de dividendos) de 10,2% a 10,7%, segundo os cálculos do Goldman Sachs. O total estimado para o período de 2025 a 2027 é de R$ 13,5 a R$ 14,0 bilhões.
O que o mercado achou dos resultados do 4º trimestre da Tim?
Para o BTG Pactual, os resultados vieram sem surpresas. Já na visão do Goldman, o enfraquecimento contínuo da receita do segmento pré-pago é um fator preocupante. Em relatório, o banco destacou não ver motivos para o forte movimento de valorização das ações TIMS3 nesta terça-feira.
“No geral, embora as ações da Tim estejam subindo cerca de 4% a 5% após os resultados no momento da redação deste relatório, não vemos isso como justificado, dado a fraca qualidade dos ganhos no quarto trimestre e o guidance de receita para 2025″, avaliam os analistas Vitor Tomita e Milenna Okamura, do Goldman.
Em nota, o Bradesco BBI e a Ágora Investimentos encaram que os resultados do quarto trimestre e as projeções futuras sugerem alguma dificuldade em acelerar o crescimento da receita. “Isso provavelmente resultará em receita abaixo da inflação em um ano altamente inflacionário como 2025. Do lado positivo, a empresa parece otimista sobre o aumento da lucratividade, com o Ebitda superando a receita”, indicam os analistas Daniel Federle, do BBI, e Flávia Meireles, da Ágora.
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Quando se trata dos dividendos da Tim, as casas enxergam que o guidance está alinhado com as projeções anteriores da empresa, mas ponderam que ele pode decepcionar alguns investidores mais otimistas que esperam um aumento mais rápido nas distribuições de curto prazo.