Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) avançaram nesta quarta-feira (8), impulsionados por perspectivas de permanência de juros mais elevados por mais tempo por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o que foi corroborado por declarações de dirigentes da autoridade. Além disso, um leilão no começo da tarde deu maior fôlego aos rendimentos.
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Às 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,834%; o da T-note de 10 anos avançava a 4,492%; e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,638%.
A presidente do Fed de Boston, Susan Collins, disse hoje que a economia americana ainda precisa de um alívio no lado da demanda para que a inflação volte à meta de 2% ao ano, e considerou o nível de juros atual “moderadamente restritivo”. Segundo a banqueira central, há riscos para reduzir os juros cedo demais, e por isso é preciso cautela.
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Os retornos dos Treasuries ganharam fôlego, logo após o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos informar sobre um resultado de um leilão de US$ 42 bilhões em T-notes de 10 anos. A taxa bid-to-cover, indicativo da demanda, ficou em 2,49 vezes, coincidindo com a média recente, segundo o BMO Capital.
Neste cenário, os empréstimos estudantis vão ficando mas caros. As taxas de juros são determinadas a cada ano adicionando o rendimento da T-note de 10 anos no leilão de maio a um prêmio fixo de 2,05 pontos porcentuais. Isto significa que a taxa de juro de um novo empréstimo estudantil deverá subir para cerca de 6,5% em julho, o nível mais elevado desde 2008, face aos atuais 5,5%.
A diretora do Fed Lisa Cook afirmou hoje que a liquidez do mercado de Treasuries tem estado um pouco baixa, e que esse assunto está sendo monitorado de perto pelo BC americano. Mesmo assim, o mercado de Treasuries “tem funcionado bem”, tranquilizou Cook.
*Com informações Dow Jones Newswires
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