Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) saltavam nesta segunda-feira (21), com os vértices de 10 e 30 anos atingindo os maiores níveis desde julho, enquanto investidores seguem dividindo suas atenções entre o atual estado da economia americana, os próximos passos de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e a eleição presidencial entre Kamala Harris e Donald Trump.
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No fim da tarde, o retorno da T-note de 2 anos avançava a 4,025%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 4,190% e o do T-bond de 30 anos subia a 4,498%.
Em sessão sem maiores divulgações macroeconômicas nos Estados Unidos, agentes se atentaram a falas de membros do Fed e à possibilidade do BC americano adotar uma postura mais cautelosa no processo de redução dos juros básicos inalterados.
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A presidente da distrital de Dallas do Fed, Lorie Logan, afirmou que os riscos de inflação nos EUA permanecem “reais”, diante de uma economia forte e saudável. E o chefe da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que os juros devem ser cortados apenas a “nível moderado” nos próximos meses, visto que a economia dos EUA segue resiliente.
Segundo dados da plataforma CME, a chance de um corte de 0,25 ponto porcentual segue majoritária, em 87%, contra 13% de chances de manutenção. Já o índice de volatilidade da casa para os Treasuries alcançou nível mais elevado desde agosto, indicando um aumento dos prêmios de risco por conta da resiliência da economia americana, de olho nos próximos passos do Fed e com a eleição presidencial no radar.
O Morgan Stanley Research tem visão neutra relação à curva de juros americana até depois da eleição dos EUA. “Assim que os investidores virem os resultados e responderem, os mercados de taxas provavelmente passarão a precificar os prêmios de risco em torno de uma nova visão básica do futuro”, dizem eles. A visão pós-eleição dos investidores pode ser “substancialmente diferente” da atual, dizem eles.
Com informações da Dow Jones Newswires
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