Os rendimentos longos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) subiram nesta quarta-feira (29), após mais um leilão do Tesouro americano inspirar demanda enfraquecida e trazer de volta ao mercado as preocupações sobre o financiamento do déficit fiscal dos Estados Unidos.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,972%, o da T-note de 10 anos aumentava a 4,612% e o do T-bond de 30 anos marcava alta a 4,730%. Na máxima do dia, os três principais vértices da curva alcançaram os maiores níveis desde o início de maio, há quase 1 mês.
A sessão foi marcada por uma agenda econômica esvaziada, depois de uma série de declarações cautelosas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) nos dias anteriores. Segundo o BMO Capital Markets, a ausência de catalisadores do ponto de vista do fundamento abriu espaço para um maior foco ao lado da oferta.
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O leilão de US$ 44 bilhões em T-notes de 2 anos rendeu yield maior que o da média dos seis certames anteriores. A taxa-bid-to cover, um indicativo de demanda, ficou em 2,43, frente a média recente de 2,53, conforme o BMO.
A operação veio uma dia após dois outros leilões do Tesouro dos EUA que também tiveram estatísticas fracas. Em particular, houve maior procura dos dealers, no geral os gigantes bancários que precisam absorver os papéis que não encontram interesse de outros investidores.
O cenário jogou os rendimentos da fixa para cima, enquanto o mercado se prepara para uma quinta-feira que prevê a divulgação da segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre dos EUA e os pedidos de auxílio-desemprego. Já na sexta-feira, sairá a leitura de abril da inflação PCE.