Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) se firmaram em queda na tarde desta quinta-feira (9), após leilão de títulos nos Estados Unidos inspirar demanda saudável. O certame amplificou os efeitos do dado de pedidos de auxílio-desemprego no país, que saltou ao maior nível desde agosto e renovou esperanças por uma política monetária mais frouxa.
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Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos recuava a 4,813%, da T-note de 10 anos baixava a 4,457% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,614%.
O avanço de 22 mil nos pedidos de auxílio-desemprego nos EUA na semana passada surpreendeu analistas e fortaleceu expectativas por uma deterioração do mercado de trabalho – um requisito que o próprio presidente do Fed, Jerome Powell, já disse que pode justificar o começo do ciclo de relaxamento.
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Assim, a reação na renda fixa pendeu para o enfraquecimento das taxas dos Treasuries, embora os vértices tenham tido dificuldade para firmar direcionamento consistente pela manhã.
À tarde, a pressão se intensificou e o sinal negativo prevaleceu, depois do leilão de US$ 25 bilhões em T-bonds de 30 anos. Segundo o BMO Capital Markets, a taxa bid-to-cover, um indicativo de demanda, ficou em 2,41 vezes, acima da média recente, de 2,38 vezes.
Em um análise técnica sobre o mercado de títulos americano, o Bank of America prevê que o retorno da T-note de 10 anos vai alcançar pico na faixa entre 4,70% e 5,02% até o final deste mês. O índice de preços ao consumidor (CPI) de abril nos EUA, na semana que vem, deve ajudar a fornecer um direcionamento. “Se o CPI empurrar o rendimento de 10 anos dos EUA de volta para ou acima de 4,70% no segundo trimestre, então seria uma oportunidade de compra para a recuperação mais ampla que ainda esperamos nos títulos na segunda metade do ano”, afirma.
