Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) cediam em toda a extensão da curva nesta quarta-feira (4), após dados fracos de emprego do relatório Jolts nos Estados Unidos ajudarem no reforço da hipótese de corte mais pronunciado da taxa básica de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), ainda que a probabilidade de alívio brando seguisse a mais provável. Ao longo do dia, o trecho da curva entre 2 anos e 10 anos chegou a testar, brevemente, uma desinversão, em um sinal de normalização em que os papéis mais longos projetam taxas mais elevadas do que os mais curtos.
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O retorno da T-note de 2 anos cedia de 3,868% no fim da tarde de ontem em Nova York para 3,765% em horário similar hoje. A taxa projetada das T-note de 10 anos recuava de 3,833% para 3,759% e a do T-bond de 30 anos passava de 4,125% para 4,057%.
Mais cedo, as taxas de 2 anos chegaram a ceder abaixo do rendimento projetado de 10 anos, o que sugeria uma desinversão da curva de juros. Mas o movimento não se sustentou e, neste fim de tarde, a inversão permanecia. A inversão da curva de juros nos EUA é, tipicamente, um indicador antecedente de períodos recessivos.
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A chance de o Fed cortar juros em 50 pontos-base neste mês se aproximou da probabilidade de haver um redução mais tímida, de 25 pontos-base, após a divulgação dos indicadores. No fim da tarde, a ferramenta FedWatch, do CME Group, apontava 45% de possibilidade de a taxa básica passar do intervalo atual (entre 5,25% e 5,50%) para a faixa entre 4,75% e 5,00%, comparado a 38% na véspera. Como resultado, a ainda majoritária hipótese de uma baixa de 25 pontos-base estava em 55%, ante 62% ontem.
Divulgado nesta tarde, o Livro Bege apontou que a inflação continuou avançando a ritmo moderado na maioria das regiões dos EUA, enquanto empresas estão mais seletivas em expandir vagas de trabalho, diante de incertezas ampliadas com a economia americana, segundo consultas pelas distritais do Fed para o documento.
