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Treasuries caem, com inflação nos EUA e aposta sobre o Fed no radar

Os investidores esperam que as autoridades mantenham as taxas inalteradas na próxima reunião

Treasuries caem, com inflação nos EUA e aposta sobre o Fed no radar
Treasuries. Imagem: Adobe Stock

Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) cediam no fim da tarde desta sexta-feira (26) em Nova York, à medida que a inflação dos Estados Unidos se estabilizou, em linha com o esperado, antes da próxima decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre taxas de juros. Os investidores esperam que as autoridades mantenham as taxas inalteradas na quarta-feira da próxima semana, ao mesmo tempo em que devem manter a porta aberta para um corte em setembro.

Por volta das 17h (de Brasília), o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,386%, de 4,436% ontem. O rendimento da T-note de 10 anos recuava a 4,194%, de 4,252%. O rendimento do T-bond de 30 anos tinha baixa para 4,451%, de 4,496% ontem.
O índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) avançou 0,1% em junho, na comparação com maio, e apontou alta de 2,5% em base anual. Os dois números vieram em linha com a previsão dos analistas ouvidos pela FactSet. O núcleo do PCE, que exclui itens voláteis como alimentos e energia, teve variação anual de 2,6%.

No fim desta sexta-feira, investidores ainda davam como certo o início do relaxamento em setembro, com 99,6% de chance de alívio e apenas 0,4% de probabilidade de não haver corte, segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. A hipótese de o alívio ser de 25 pontos-base também seguiu majoritária após os dados, reunindo 87,7% das chances.

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Na contramão da visão majoritária, o economista-chefe do Santander para os EUA, Stephen Stanley, escreveu, em relatório, que ainda segue inclinado a prever que o Fed apenas terá espaço para realizar um corte na taxa de juros em novembro e não em setembro, já que as autoridades provavelmente precisarão ver mais boas notícias em relação à inflação de julho e agosto para chegar a uma decisão. Um dos pontos citados pelo economista é a possibilidade de o declínio dos preços de energia ser revertido, tirando uma influência benigna para os preços amplos.