Os rendimentos dos Treasuries tiveram dificuldades para firmar direção consistente nesta terça-feira, em sessão de agenda macroeconômica esvaziada. Investidores consolidam aposta de que o Federal Reserve (Fed) manterá os juros básicos em junho, mas voltará a aumentá-los em julho.
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No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos avançava a 4,520%, o da T-note de 10 anos recuava a 3,688% e o do T-bond de 30 anos cedia a 3,864%.
“Terça-feira estava fadada a ser uma sessão sem eventos e, até certo ponto, isso foi alcançado”, avalia o BMO Capital Markets.
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Com dirigentes do Fed em período de silêncio, na semana anterior à decisão de política monetária, a renda fixa registrou movimentações contidas ao longo do dia. Até porque o cenário que se desenha é de uma pausa no ciclo de aperto do Fed, com manutenção na semana que vem e expectativa por retomada no próximo mês, conforme indica plataforma de monitoramento do CME Group.
Também em foco, o Departamento do Tesouro se prepara para reabastecer as reservas de dinheiro, que foram enxugadas em meio ao impasse sobre o teto da dívida. Com a resolução do caso, a expectativa é de que o órgão reponha até US$ 730 bilhões nos próximos três meses, por meio da emissão de T-bill, de acordo com o Morgan Stanley.
O banco lembra que, em 2011, os retornos da T-note de 10 anos recuaram 70 pontos-base nas três semanas seguintes ao desfecho de um episódio semelhante do limite da dívida. Para a instituição, ainda não é possível concluir se haverá uma reação similar, mas o ambiente demanda cautela. “Os investidores devem manter uma posição defensiva em suas carteiras, com mais ênfase em títulos de primeira linha em mercados desenvolvidos do que em ações”, defende.