Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) oscilaram em uma faixa estreita e alternaram ganhos e perdas ao longo desta terça-feira (25). Dados econômicos nos Estados Unidos corroboraram a postura ainda cautelosa de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), mas o mercado aguarda a divulgação de uma leitura de inflação no fim da semana para tomar posições mais convictas.
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Por volta das 17h (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos subia a 4,731%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,230% e o do T-bond de 30 anos cedia a 4,361%.
Logo pela manhã, a diretora do Fed Michelle Bowman afirmou que não espera corte de juros este ano, em meio a sinais de inflação persistente nos Estados Unidos. O comentário, contudo, encontrou pouco eco nas mesas de operações, porque Bowman já é a dirigente do Fed com visão mais agressiva sobre a política monetária.
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O ímpeto sobre os rendimentos viria a se acentuar pouco tempo depois, com a divulgação de indicadores. O índice de confiança do consumidor caiu para 100,4 em junho, mas ficou acima do esperado por analistas, segundo revelou o Conference Board mais cedo. Já o índice de atividade nacional medido pelo Fed de Chicago avançou em maio.
À tarde, outra diretora do Fed, Lisa Cook, defendeu que a taxa básica de juros está bem posicionada para responder à evolução do cenário econômico. Já um leilão do Tesouro dos EUA teve demanda acima da média, mas também teve efeito limitado no mercado secundário.
Para o TD Securities, o restante do mês deve continuar com a calmaria na renda fixa americana, com dados incapazes de alterar as perspectivas de maneira significativa. “A reunião de julho do Fomc Comitê Federal de Mercado Aberto é só daqui a um mês e, mesmo neste caso, esperamos que aquele encontro seja de espera enquanto o Fed aguarda mais confirmação de que a inflação está desacelerando”, afirma o banco de investimentos.