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Treasuries fecham mistos com expectativas sobre decisão de juros do Fed

O viés de baixa das taxas prevaleceu em boa parte da jornada nesta segunda-feira (29)

Treasuries fecham mistos com expectativas sobre decisão de juros do Fed
Juros (Foto: Adobe Stock)

Os retornos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) tiveram volatilidade nesta segunda-feira (29), sem sinal único. Em dia de agenda modesta, havia expectativa pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, e faltou um direcionamento mais claro na sessão, embora o viés de baixa tenha prevalecido em boa parte da jornada. À tarde, relatório do Tesouro americano foi publicado, com projeções de empréstimo para o terceiro trimestre que pressionaram os retornos.

No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,389%, o da T-note de 10 anos recuava a 4,171% e o do T-bond de 30 anos tinha baixa a 4,420%.

Os retornos caíam logo cedo, com expectativa pelo Fed, na quarta-feira, quando se espera manutenção dos juros, mas vários analistas acreditam que pode haver sinalização de cortes nas taxas mais adiante. Além disso, na sexta-feira será publicado o relatório mensal de empregos (payroll) de julho, sinal importante da economia e que afeta, por consequência, também a política monetária.

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À tarde, o Tesouro americano reduziu sua estimativa para o volume que pretende tomar emprestado de agentes privados no terceiro trimestre. Ele projeta agora levantar US$ 740 bilhões entre julho e setembro, ou US$ 106 bilhões a menos do que o esperado em abril. Após a divulgação do fato, os retornos dos Treasuries ficaram sob pressão de baixa. No segundo trimestre, o Tesouro disse que tomou US$ 234 bilhões, ou US$ 9 bilhões abaixo do antes esperado.

Mais cedo, a Oxford Economics comentava que, na sua avaliação, um ritmo menor de aperto quantitativo pelo Fed dará ao Tesouro americano a chance de manter leilões de notes e bônus “estáveis” pelo menos até o restante deste ano. Para a consultoria, o Tesouro deve ter de recorrer mais à emissão de bills no terceiro trimestre, mas a Oxford acrescenta que isso não deve ser um problema, pois a demanda por esses papéis “continua forte” nos mercados.