As taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) da ponta curta da curva subiram nesta sexta-feira (9), acelerando os ganhos durante a tarde, enquanto a rentabilidade dos vértices longos cedia, em uma sessão de agenda esvaziada e sem catalisador evidente. Após as fortes oscilações motivadas por dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos nos pregões recentes, os indicadores de inflação americana da próxima semana ajudarão os investidores a refinarem suas apostas para a taxa básica de juros. O mercado voltou a ver a hipótese de alívio de 25 pontos base das taxas de juros nos EUA como majoritária.
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O juro da T-note de 2 anos subia de 4,034% no fim da tarde ontem para 4,048% nesta tarde. O da T-note de 10 anos recuava de 3,994% para 3,939% e o do T-bond de 30 anos cedia de 4,287% para 4,221%.
O Bradesco afirmou que a inflação ao consumidor dos EUA será principal destaque da próxima semana. “O dado referente a julho será divulgado na quarta-feira e poderá apresentar sinais consistentes de alívio, reforçando expectativas de que o Fed inicie o processo de flexibilização da política monetária em um futuro próximo”, escreveram analistas do banco em relatório.
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Nesta sexta-feira, a ferramenta FedWatch, do CME Group, atribuía uma probabilidade de 49,5% de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) cortar juros em 50 pontos-base em setembro, enquanto era de 50,5% a hipótese de um alívio de 25 pontos-base. O quadro equilibrado de aposta é uma reversão do observado no início da semana. Em meio à reação ao fraco dado do mercado de trabalho americano, divulgado na sexta-feira da semana passada, o mercado chegou a ampliar a chance de alívio de 50 pontos-base para mais de 90%, enquanto alguns investidores passaram a especular sobre a ideia de um ajuste emergencial do Fed fora de encontros agendados.