Os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de curto prazo subiam no fim da tarde desta segunda-feira (9), sem catalisador evidente e diante de um ajuste técnico após a queda de sexta-feira, quando os movimentos foram induzidos pelo relatório do mercado de trabalho (payroll) de agosto. As taxas da ponta longa da curva recuavam. Com agenda de indicadores fraca, os investidores aguardam os dados de inflação ao consumidor (CPI) e produtor (PPI) dos EUA em agosto para afinar as expectativas para o alívio monetário.
O retorno da T-note de 2 anos subia de 3,663% no fim da tarde de sexta-feira em Nova York para 3,681% em horário similar hoje. A taxa projetada das T-note de 10 anos recuava de 3,717% para 3,704% e a do T-bond de 30 anos tinha um leve queda, saindo de 4,028% na sexta-feira para 4,005%.
O CPI (quarta-feira) e o PPI (quinta-feira) podem contribuir para o ajuste fino das expectativas para o relaxamento monetário. A hipótese de corte brando (25 pontos-base) da taxa de juros seguia predominante (71%) nesta segunda-feira, enquanto a ideia de alívio de 50 pontos-base corre em segundo plano (29%), com base nas apostas com base na ferramenta FedWatch, do CME Group.
Com o período de silêncio que antecede reuniões do Fed, os investidores ficarão à mercê das próprias interpretações para reagirem aos dados, segundo a BMO Capital. Os indicadores colocarão a volatilidade na ponta curta da curva como principal foco da semana, completaram analista da BMO, em nota.
A semana traz ainda o primeiro debate na corrida presidencial entre a vice-presidente dos EUA, a democrata Kamala Harris, e o ex-presidente Donald Trump, candidato pelo Partido Republicano, amanhã.
