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Treasuries fecham mistos, com juros do Fed e atentado contra Trump no radar

Preocupações com os gastos fiscais do país americano estiveram em destaque nesta sessão

Treasuries fecham mistos, com juros do Fed e atentado contra Trump no radar
Juros (Foto: Adobe Stock)

As taxas dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) de curto prazo estavam em baixa nesta segunda-feira (15), com a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) está mais confiante para cortar as taxas de juros em setembro diante da inflação em rumo para a meta de 2%.

As longas seguiram em direção oposta e subiram, ampliando a inclinação da curva dos títulos, à medida que cresceu a preocupação com os gastos fiscais após a ampliação da possibilidade de eleição do ex-presidente americano Donald Trump para a Casa Branca depois do atentado no sábado. O mercado considera o republicano mais favorável a estimular o ambiente de negócios e propenso a adotar mais medidas para alavancar a economia, o que tende a pressionar as contas públicas.

Por volta das 17h00 (de Brasília), a taxa da T-note de 2 anos estava em 4,444%, ante 4,450% na sexta-feira. A taxa desse vencimento oscilou entre queda e alta nesta manhã, com mínima de 4,418% e máxima de 4,475%. A taxa da T-note de 10 anos operava em 4,222%, de 4,178% na sexta-feira. No T-bond de 30 anos, a taxa projetada era de 4,455%, ante 4,391% na sexta-feira.

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“Embora o potencial para um aumento na emissão de títulos do Tesouro esteja presente, independentemente de quem ganhar a Casa Branca em novembro, o mercado também responderá à suposição de que Trump será ligeiramente mais pró-negócios e favorecerá cortes de impostos, bem como outras medidas fiscais estimulativas”, escreveu Ian Lyngen, analista da BMO Capital Markets, em nota.

As taxas curtas chegaram a acelerar a queda no meio da sessão, em meio a sinais de dirigentes do Federal Reserve de maior confiança de que a inflação caminha de volta à meta, o que mantém a expectativa de alívio monetário em setembro.

Em evento realizado hoje, o presidente do Fed, Jerome Powell, voltou a evitar enviar um sinal claro sobre quando o ciclo de relaxamento monetário começará, embora tenha reconhecido maior confiança de que a inflação caminha de volta à meta de 2%.

O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, disse que a inflação moderada em junho, divulgada na semana passada, o deixou mais confiante de que as pressões sobre os preços estão diminuindo de uma forma que respalda a redução das taxas de juros.

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