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Treasuries fecham mistos, mas taxas curtas rondam máxima desde novembro

Expectativas com a divulgação da inflação ao consumidor dos EUA nessa semana estiveram no radar da sessão

Treasuries fecham mistos, mas taxas curtas rondam máxima desde novembro
(Foto: Envato Elements)

Os juros dos títulos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) tiveram comportamentos distintos nesta segunda-feira (8), sem indicadores relevantes, o que deixou os negócios pautados por ajustes técnicos e expectativas com a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos, na quarta-feira (10), que será outra peça importante nas apostas sobre o rumo da taxa básica nos Estados Unidos.

A ponta mais curta dos Treasuries seguia em alta, com taxas próximas das máximas intradiárias e dos maiores níveis desde novembro. No miolo da curva, os retornos projetados desaceleraram da máxima, mas ainda ostentavam alta. Já o título de 30 anos, que também renovou o maior nível desde o fim de 2023, acabou perto da estabilidade no fim do pregão.

Perto do fechamento das bolsas de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos subia a 4,792%, na máxima do dia e no maior patamar desde novembro, ante 4,745% na sexta-feira. A rentabilidade da T-note de 10 anos avançava a 4,420%, ante 4,396%% no fim da tarde de sexta-feira. O retorno do T-bond de 30 anos oscilava em torno de 4,551%, ante 4,551% na sessão anterior ontem. Nas máximas, as taxas dos 3 vencimentos tocaram os maiores níveis desde novembro. O papel de 10 anos tocou 4,463% e o rendimento do T-Bond de 30 anos chegou a rondar o patamar de 4,603%.

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Além dos dados da inflação ao consumidor (CPI) de março, a quarta-feira trará a ata de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Desde a divulgação de números acima do esperado de geração de vagas e do avanço dos salários em março, na sexta-feira, a possibilidade de corte da taxa de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) em junho perdeu força.

“É pouco provável que as expectativas de cortes ordenados de um quarto de ponto nas reuniões de junho, setembro e dezembro sobrevivam a outra forte CPI – uma realidade que contribuía para a queda dos títulos no início da semana”, escreveu Ian Lyngen, analista da BMO Capital Markets, em nota.

Nesta tarde, a ferramenta FedWatch, do CME Group, indicava 31% de chance de o Federal Reserve (Fed) cortar juros em 75 pontos-base até o final do ano, ou seja, três cortes se considerado um ritmo de 25 pontos-base por ajuste. A precificação era de 32,4% para um cenário de redução acumulada de 50 pontos-base ou duas baixas individuais de 25 pontos-base. Atualmente, a taxa dos Fed Funds está entre 5,25% e 5,50%. Para junho, a hipótese de manutenção da taxa básica voltava a ser majoritária na tarde desta segunda-feira.