Os juros dos Treasuries caíram hoje, em um dia marcado por falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed) que elevaram as expectativas por uma pausa no ciclo de aperto na próxima decisão. As incertezas sobre a tramitação do acordo do teto da dívida americana também inspiram cautela, o que pressionou os rendimentos.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos recuava a 4,402%, o da T-note de 10 anos tinha baixa a 3,629% e o do T-bond de 30 anos caía a 3,845%.
Os retornos operaram mistos no início do dia com a tramitação do projeto que eleva o limite da dívida dos Estados Unidos no radar. Mas um resultado forte do relatório de abertura de vagas (Jolts) dos EUA, às 11h, provocou um aumento significativo para mais de 70% nas chances de uma alta de 25 pontos-base pelo Fed em junho, de acordo com o monitoramento do CME Group.
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A probabilidade inverteu no início da tarde, após o diretor autoridade monetária Philip Jefferson e o presidente da distrital da Filadélfia, Patrick Harker, indicarem apoio à manutenção dos juros em junho. Por volta das 17h, a chance de preservação da taxa básica de juros na faixa atual de entre 5,00% e 5,25% no mês que vem era de 70,2%, segundo o CME.
Em foco também, o mercado acompanha a discussão em andamento sobre o acordo do teto da dívida na Câmara dos Representantes dos EUA, que teve início às 16h30 e antecede a primeira votação da matéria no Congresso.
A consultoria BMO Capital Markets afirmou que a elevação do limite da dívida levaria os rendimentos dos Treasuries a subirem, não a baixarem. No entanto, para o Commerzbank, os investidores ainda veem um pequeno risco de o acordo fechado no fim de semana entre a administração do presidente Joe Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, não ser aprovado.