Os juros dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos de curto prazo tinham forte queda, enquanto os papéis de prazos longos apresentavam recuo mais brando ou rondavam a estabilidade, no fim da tarde desta sexta-feira (6), após o relatório do mercado de trabalho (payroll) de agosto. O recuo mais acentuado na ponta curta ampliou a inclinação da curva, enquanto o levantamento suscitou interpretações distintas e manteve a alternância de apostas sobre o tamanho do relaxamento monetário que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) promoverá em 18 de setembro.
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O retorno da T-note de 2 anos cedia de 3,747% no fim da tarde de ontem em Nova York para 3,663% em horário similar hoje. A taxa projetada das T-note de 10 anos passava de 3,727% para 3,717% e a do T-bond de 30 anos tinha um leve alta, saindo de 4,019% ontem para 4,028%.
Enquanto alguns analistas consideraram a criação de 142 mil postos de trabalho em agosto uma prova de que os EUA estão caminhando para a recessão, outros pontuaram que o número mostra que a economia está esfriando, não entrando em colapso. Essa foi a avaliação também de Christopher Waller, do Fed, enquanto John Williams, do Fed de Nova York, disse que é apropriado cortar a taxa dos Fed Funds, mas citou que a economia continua crescendo.
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Perto das 16h13, o pêndulo era mais forte do lado da hipótese de corte brando (69%), enquanto a ideia de alívio de 50 pontos-base estava em 31%, segundo a ferramenta FedWatch, do CM Group.
O Bank of America avaliou que o relatório amplia a urgência de o Fed trazer a taxa de juros de volta para vizinhança do nível neutro e mudou a expectativa para o alívio monetário, prevendo 5 cortes de 0,25 ponto porcentual até março de 2025. Com isso, a taxa deve voltar a 4%, um nível equivalente ao teto da faixa de taxa neutra calculada pelo banco, segundo relatório.
Com Dow Jones Newswires