Os retornos dos Treasuries subiram hoje. O movimento foi impulsionado por indicadores melhores que o esperado nos Estados Unidos, entre eles o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), que contrariou a previsão de queda e avançou.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos avançava a 4,391%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 3,603% e o do T-bond de 30 anos subia a 3,608%.
Os retornos dos bônus já apresentavam movimento para cima no início do dia, ainda apoiados pelo relatório mensal de empregos (payroll) dos EUA publicado na sexta-feira. Na agenda de indicadores, nem todos os dados foram positivos, com o PMI de serviços elaborado pela S&P Global mostrando baixa nos EUA. Mas os números de encomendas à indústria e do PMI de serviços do ISM superaram as expectativas, com máximas dos juros dos Treasuries.
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Sinais positivos da economia dos EUA tendem a reforçar apostas de postura hawkish do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para conter a inflação. No monitoramento do CME Group, no fim desta tarde havia 74,7% de chance de uma alta de 50 pontos-base nos juros pelo Fed em 14 de dezembro, e 25,3% de uma elevação de 75 pontos-base. Na sexta, esses níveis estavam em 78,2% e 21,8%. Ou seja, houve um aumento na possibilidade de uma postura mais dura do BC americano para conter a trajetória inflacionária.
Em relatório, o BMO Capital afirmou que seria possível argumentar que o quadro robusto do setor de serviços dos EUA reforçaria a expectativa de que a taxa terminal de juros no atual ciclo de aperto seria mantida “por um período estendido de tempo”, para garantir que a inflação retorne à meta de 2%.