Os retornos dos Treasuries subiram nesta quinta-feira, favorecidos por dados fortes de crescimento da economia americana, o que indica que o Federal Reserve (Fed) pode ter que deixar a taxa de juros em um nível mais alto por um tempo maior para conter a inflação.
Leia também
No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,256%, o da T-note de 10 anos avançava a 3,679% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,736%.
O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 3,2% no terceiro trimestre, mostrou a revisão final de hoje, sendo que analistas previam a repetição da leitura anterior, com alta de 2,9%. No PCE, houve alta de 4,3% no terceiro trimestre, repetindo a estimativa anterior, mas o núcleo do índice subiu 4,7%, um pouco acima dos 4,6% anteriormente reportados. Investidores também monitoraram dados do mercado de trabalho americano: os pedidos de auxílio-desemprego subiram 2 mil, a 216 mil, abaixo da previsão de 220 mil pedidos na semana passada. “As reivindicações contínuas continuam muito mais baixas do que eram antes da pandemia e ilustram a rigidez do mercado de trabalho”, analisa o Citi.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
A High Frequency Economics (HFE) acredita que os números do PIB mostram que a economia americana ainda cresce, com consumidores gastando, mas em 2023 a trajetória será de desaceleração. Apesar disso, para a HFE, o BC americano manterá o foco de reduzir a inflação, o que “significa que os juros seguirão mais elevados por mais tempo no próximo ano”.
“Após outra rodada de dados econômicos, a economia dos EUA não parece querer entrar em recessão tão cedo. Wall Street ainda está precificando mais um aumento de taxa na reunião do Fed de fevereiro, mas se os dados não quebrarem, um aumento de março deve começar a ser precificado”, diz o economista Edward Moya, da Oanda.