Os retornos dos Treasuries tiveram uma sessão volátil nesta quarta-feira, oscilando entre ganhos e perdas, mas acabaram acelerando altas após leilão de títulos públicos nos Estados Unidos, com demanda abaixo da média. Além disso, investidores continuam em busca de novas sinalizações do Federal Reserve (Fed) sobre os próximos passos da entidade.
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos tinha alta a 4,080%, o da T-note de 10 anos subia a 3,569% e o do T-bond de 30 anos avançava a 3,774%.
Monitoramento do CME Group mostrava 61,1% possibilidade de manutenção dos juros pelo BC americano na faixa entre 4,75% e 5,00% em sua próxima decisão de maio. Já a chance de uma alta de 25 pontos-base estava em 38,9%. Ontem, elas estavam em 52,8% e 47,2%, respectivamente. Vice-presidente do Fed, Michael Barr, disse hoje que a instituição vai avaliar os próximos dados e as mudanças nas condições financeiras e tomar decisões de política monetária “de reunião em reunião”.
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“Durante esse período de estresse financeiro, os mercados precificaram mais cortes nas taxas de juros”, disse Agnès Belaisch, estrategista-chefe europeu do Barings Investment Institute. “Ainda vejo o Federal Reserve tendo de aumentar as taxas – nada mudou lá. Mas os mercados não estão completamente convencidos”, completa. Peter Cardillo, da Spartan, diz ainda que os rendimentos estão “preparados para cair à medida que o crescimento econômico futuro negativo se torne uma realidade”.
O BMO analisa que, inquestionavelmente, contribuiu para o nível geral de volatilidade no mercado de renda fixa americana a reavaliação dramática das expectativas terminais, que oscilaram da probabilidade de um aumento de 50 pontos-base estabelecido pelo presidente em seu testemunho semestral ao Congresso para o ceticismo de que o Comitê estaria disposto a entregar um movimento de um quarto de ponto na semana passada.
Além da política monetária, investidores monitoraram leilão do Departamento do Tesouro americano de US$ 35 bilhões em T-notes de 7 anos, com juro máximo a 3,626% e demanda abaixo da média, de acordo com o BMO Capital Markets.