

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) operaram em alta nesta sexta-feira (27), em uma sessão esvaziada pelos feriados de final de ano, e que não contou com grandes indicativos para o mercado. Até o começo do próximo ano, os investidores seguirão sem indicadores de grande impacto e declarações de dirigentes, o que leva o mercado a operar com grandes especulações sobre quais serão os passos do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ao longo de 2025.
No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia 4,327%, o da T-note de 10 anos tinha alta a 4,622% e o do T-bond de 30 anos subia a 4,814%.
O Fed poderá reduzir as taxas de juro mais do que os mercados esperam em 2025, à medida que a inflação cai e o desemprego aumenta, afirmam os economistas da Payden e Rygel em uma nota sobre as perspectivas econômicas. O indicador de inflação subjacente preferido pelo Fed poderá cair abaixo de 2% em algum momento de 2025, enquanto a taxa de desemprego dos EUA poderá terminar 2025 em 4,4% ou mais, dizem eles.
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Neste cenário, o Fed poderia “facilmente” reduzir as taxas de juro em mais do que os meros 35 pontos base de cortes que os mercados monetários dos EUA estão atualmente precificando para 2025, dizem eles. “A taxa ideal dos Fed funds seria de 3,3%, o que implica pelo menos quatro cortes de 25 pontos base cada em 2025”, sugerem.
Segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, houve uma queda nas apostas de manutenção dos juros para a reunião de janeiro, a 89,3%. Nos últimos dias, as expectativas pela continuidade das taxas no começo do ano ficavam acima dos 90%.
Um novo grupo de dirigentes terá a palavra na definição da política monetária em 2025. Os novos membros votantes do Comité Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) poderão ajudar a inclinar o órgão de decisão política do Fed em direção mais agressiva no próximo ano. Entre os integrantes do FOMC com votos em 2025 estarão Susan Collins, de Boston, Austan Goolsbee, de Chicago, Alberto Musalem, de St. Louis, e Jeffrey Schmid, de Kansas City. Musalem e Schmid, em particular, pareceram mais agressivos do que os seus colegas em comentários recentes. “Embora agora seja o momento de começar a reduzir a restritividade da política monetária, resta saber até que ponto as taxas de juro irão cair ou onde poderão eventualmente estabilizar”, disse Schmid em 13 de Novembro.
Com informações Dow Jones Newswires.
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