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Treasuries fecham mistos com dado econômico e eleição nos EUA no radar

O pregão de hoje foi mais volátil do que o comum diante das incertezas sobre o cenário político norte-americano

Treasuries fecham mistos com dado econômico e eleição nos EUA no radar
Juros e economia (Foto: Adobe Stock)

Os juros dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) ficaram sem direção única nesta terça-feira (5), depois do índice de gerentes de compras (PMI) de serviços dos EUA ficar acima da expectativa em outubro e impulsionar os rendimentos, mas com o movimento sendo desfeito conforme a cautela inundava os mercados, de olho nas eleições dos EUA.

Às 18h (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 4,200%, enquanto o da T-note de 10 anos recuava a 4,282%. O rendimento do T-bond de 30 anos, por sua vez, caía a 4,447%.

O pregão de hoje foi mais volátil do que o comum: pela manhã, a percepção de uma possível vitória de Donald Trump na eleição dos EUA chegou a dar força aos juros dos Treasuries, mas as incertezas cresceram com o passar do dia.

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Por volta de 12h, a leitura do PMI de serviços dos EUA em outubro, feita pelo ISM, veio acima da expectativa de analistas, o que impulsionou as expectativas sobre a saúde da maior economia do mundo, sobretudo devido ao subíndice de novas contratações, que veio fortalecido, aponta a Capital Economics.

Com isso, os rendimentos tocaram as máximas do dia, mas o ímpeto foi gradativamente sendo desfeito. Primeiro, um leilão de US$ 42 bilhões em T-notes de 10 anos teve demanda acima da média, e os juros começaram a devolver parte dos ganhos. Conforme o pregão chegava ao fim, investidores também ampliaram posições de segurança, antes do início da contagem de votos nos EUA.

Segundo a Capital Economics, o movimento dos juros dos Treasuries em resposta à eleição dos EUA deve ser mais contido do que o esperado, com o retorno da T-note de 10 anos oscilando em 15 pontos-base para mais, em caso de vitória de Trump, e em 15 pontos-base para menos, caso Kamala Harris vença. A Capital escreve que indicadores macroeconômicos terão mais influência na inflação dos EUA do que a política interna no curto prazo.