Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) operaram sem direção única nesta quinta-feira (2), perdendo o fôlego obtido por dados de atividade e emprego dos Estados Unidos, que indicaram resiliência da economia americana. Os rendimentos também recebem impulso de expectativas por ritmo menor na flexibilização monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 4,246%, o da T-note de 10 anos tinha caía a 4,565% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 4,784%.
Os rendimentos tiveram impulso na primeira sessão de 2025, após o PMI industrial dos EUA cair menos que o esperado em dezembro e dos pedidos de auxílio-desemprego americanos ficarem abaixo das expectativas. Os fundamentos fortes dos EUA continuam a favorecer juros dos Treasuries e dólar mais elevados, avalia o Brown Brothers Harriman (BBH), que projeta continuidade deste cenário no primeiro trimestre deste ano.
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No entanto, os juros devolveram parte dos ganhos ao longo da tarde, em meio ao ambiente de elevada volatilidade em Nova York.
Em relatório, o Deutsche Bank observa que os rendimentos avançaram pelo quarto ano consecutivo em 2024, a primeira vez que isso aconteceu desde a década de 1980. Para analistas do Société Générale, os Treasuries podem enfrentar riscos neste ano, frente a possível pausa na flexibilização monetária do Federal Reserve (Fed), políticas do segundo mandato de Donald Trump e uma “onda recorrente” de ofertas corporativas.