O rendimento dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) subia nesta segunda-feira (9), à medida que o mercado aguarda dados de inflação nos Estados Unidos nos próximos dias como últimas peças no encaixe das expectativas para o próximo encontro do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Os indicadores podem cimentar ou abalar as apostas consolidadas de corte de 0,25 ponto porcentual das taxas básicas de juros.
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Perto do horário de fechamento da Bolsa de Nova York às 18h00 (de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 4,121%; o da T-note de 10 anos avançava a 4,194%; e o da T-note de 30 anos tinha alta a 4,382%, depois de todos os contratos terem renovado máxima intradia por volta das 14h05.
Com dirigentes da autoridade monetária americana em período de silêncio, os ajustes finais sobre a decisão do Fed ficarão a cargo dos índices de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) e ao produtor (PPI, em inglês) de novembro, que serão divulgados na quarta e quinta-feira, respectivamente.
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A hipótese mais provável é que o Fed fará um corte da taxa básica de juros de 0,25 ponto porcentual na próxima semana. Perto das 17h22 (de Brasília), segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, o mercado estimava em 85,8% a chance de redução dessa magnitude, contra probabilidade de 14,2% para manutenção. Na sexta-feira, as apostas estavam em 86% e 14, respectivamente.
Em entrevista para a rede NBC, que foi ao ar no domingo, o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, disse que não pode garantir que suas prometidas tarifas sobre os principais parceiros comerciais estrangeiros dos EUA garantam estabilidade nos preços para os consumidores americanos. A abordagem contrastou com o tom da campanha de 2024, quando ele apresentou sua eleição como uma maneira segura de conter a inflação.
A agenda trouxe apenas os dados que mostraram alta dos estoques no atacado dos EUA em linha com o esperado em outubro.
De acordo com a BMO, os desdobramentos do fim de semana com a queda do regime de Bashar al-Assad na Síria ampliaram as instabilidades e incertezas no Oriente Médio, mas trouxeram pouca reação no mercado de Treasuries.
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