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Treasuries sobem após dado de emprego nos EUA vir acima do esperado

Investidores também seguem se preparando para o potencial impacto de imposição de tarifas pelo governo Trump

Treasuries sobem após dado de emprego nos EUA vir acima do esperado
Juros (Foto: Adobe Stock)

Os juros dos títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano (Treasuries) subiram nesta sexta-feira (10), após o payroll mais forte do que o esperado reduzir as chances de flexibilização monetária pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em 2025. Enquanto os investidores seguem se preparando para o potencial impacto de imposição de tarifas pelo presidente eleito dos EUA, Donald Trump, o indicador cimentou a ideia de que a cautela seguirá como norte para a taxa de juros americana.

No fim da tarde, perto do horário de fechamento da Bolsa de Nova York, o retorno da T-note de 2 anos tinha alta a 4,380% ante quarta-feira, após ter tocado mais cedo 4,396%, o patamar mais alto desde julho de 2024. O rendimento de 10 anos estava em 4,762%, ainda que tenha desacelerado da máxima de 4,789%, o nível intradiário mais alto desde novembro de 2023. O juro do título equivalente de 30 anos estava em 4,953%, após ter atingido 5% na máxima.

A reação ao payroll foi brusca. O mercado reduziu apostas em alívio ao longo do ano. Segundo ferramenta de monitoramento do CME Group, junho passou a ser o primeiro mês com probabilidade majoritária de alguma redução nas taxas, mas houve salto nas chances de manutenção dos juros ao longo de todo o ano.

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No fim da tarde, a ferramenta do CME exibia que a chance de corte de 25 pontos-base em junho caiu de 44,5% para 41,7% e a de corte de 50 pontos-base recuou de 21,9% para 13,1%. A probabilidade de manutenção dos juros no nível atual saltou de 29,6% para 43,7%.

O Santander pontuou que ainda que o dado enterre a ideia de qualquer movimento do BC americano em janeiro, outros dois meses seguidos de indicadores econômicos estarão a caminho até o encontro subsequente de março. Por ora, o banco manteve a opinião de que o Fomc reduzirá as taxas em março e promoverá um corte três cortes em 2025.

Para o Jefferies, no geral, é um pouco perigoso dar muita importância aos dados de vagas criadas de dezembro, dada a volatilidade sazonal e o potencial para revisões nos próximos meses.Na próxima semana, dados de inflação ao consumidor e produtor nos EUA poderão trazer novos ajustes nas apostas.