Os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) caíram pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira (3), após uma leitura de índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) apontar contração da indústria em maio e renovar a aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) abrirá o ciclo de corte de juros em setembro.
No fim da tarde em Nova York, o retorno da T-note de 2 anos caía a 4,818%, o da T-note de 10 anos baixava a 4,401% e o do T-bond de 30 anos recuava a 4,54%.
O PMI industrial dos EUA medido pela S&P Global teve inesperado avanço no mês passado, mas o mercado deu mais atenção à medição do Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), que caiu em território de contração.
O indicador é mais um sinal de desaceleração da maior economia do planeta, confirmada pela segura leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. Na sexta-feira, o índice de compras de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) aumentou a esperança de que esse movimento pode estar sendo acompanhado de uma estabilização da inflação.
Assim, a curva futura consolidou a precificação majoritária de que o ciclo de relaxamento monetário do Fed começará em setembro, conforme apontou plataforma de monitoramento do CME Group.
Apesar disso, o Mizuho ainda vê uma economia resiliente e uma inflação persistente, o que pode atrasar o início do ciclo de afrouxamento monetário. Por isso, o banco aumentou a previsão para o juro da T-note de 10 anos no fim do ano, de 4,6% para 4,8%. “Há claramente espaço para ajuste em alta na curva, dado que cortes de juros ainda estão precificados”, explica.