Os juros dos Treasuries avançaram nesta segunda-feira, dois dias antes da próxima decisão monetária do Federal Reserve (Fed), que deve subir os juros nos EUA pela quarta reunião seguida do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
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No fim da tarde em Nova York, o juro da T-note de 2 anos subia a 3,037%, o da T-note de 10 anos avançava a 2,806% e o do T-bond de 30 anos tinha alta a 3,030%. Na semana passada, investidores consolidaram a perspectiva por uma nova alta de 75 pontos-base dos Fed funds na próxima quarta-feira (27), após temerem por alta de um ponto porcentual. Cenário similar foi observado hoje, com cerca de 75% de chance de que os juros básicos nos EUA subam à faixa de 2,25% a 2,50%, segundo o CME Group.
“A última segunda-feira de julho, apenas dois dias antes de uma reunião do Fomc, nunca teve muito potencial para servir como ponto de inflexão no mercado de renda fixa dos EUA e, nesse contexto, a sessão de hoje foi entregue – ainda aguardando a quarta-feira”, resume o BMO Capital Markets.
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O Departamento do Tesouro realizou um leilão de US$ de US$ 45 bilhões em T-notes de 2 anos, que teve retorno de 3,00% e demanda abaixo da média recente. Segundo o BMO, o resultado reflete a tendência atual dos títulos de menor prazo de “comprar a queda” à frente.
Após a S&P Global, foi a vez da Moody’s cortar sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA em 2022 e 2023, citando o aperto monetário do Fed como principal influência. Segundo a BlackRock, o BC americano deve apertar demais as condições financeiras e provocar um “dano agudo ao crescimento” no país.
Em relatório enviado hoje a clientes, a Capital Economics projeta mais pressão de alta sobre os juros de títulos governamentais de economias desenvolvidas no futuro próximo. A casa diz que a inflação nestes países seguirá acima das metas de BCs – incluindo o Fed – e o mercado de trabalho apertado, justificando mais aumentos de juros.